segunda-feira, novembro 25, 2024
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8M: Governo lança ações contra a desigualdade no mercado de trabalho

Estudos divulgados esta semana mostram que, no fim do governo Bolsonaro, mulheres sofriam mais com o desemprego e ganhavam menos que os homens, apesar de terem estudado mais

Foto: No fim de 2022, mulheres eram 44% da força de trabalho no Brasil, mas representavam 55% das pessoas desempregadas (Foto: Tania Rego/Agência Brasil)

BRASÍLIA – Nesta quarta-feira, 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, o governo federal anuncia uma série de medidas em prol das brasileiras. Em meio às 25 ações que serão anunciadas, destacam-se iniciativas para fortalecer as trabalhadoras, muito maltratadas nos últimos quatro anos.

Além do envio ao Congresso de um projeto de lei que estabelece salário igual para homens e mulheres que exercem a mesma função — promessa de campanha do presidente Lula —, serão lançados programas de crédito especial para empreendedoras e agricultoras familiares e de estímulo a empresas e projetos tecnológicos liderados por mulheres, entre outras ações.

REGRESSÃO

Levantamentos divulgados esta semana mostram a importância dessas medidas. Segundo o Boletim Especial 8 de Março, divulgado na segunda-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Brasil regrediu na busca pela igualdade de gênero no mercado de trabalho. 

Dados do IBGE referentes ao terceiro trimestre de 2022 mostram que, embora as mulheres representassem 44% da força de trabalho no Brasil, elas somavam 55,5% das pessoas desempregadas. Enquanto 6,9% dos homens estavam desocupados, esse índice subia para 11% entre as mulheres.

RENDIMENTOS

Já em termos de rendimentos, as mulheres ganhavam, em média, 21% a menos do que os homens. A disparidade salarial ocorria até mesmo em setores nos quais elas são a maioria da força de trabalho. Nos serviços domésticos, por exemplo, o salário delas era 20% menor do que o dos homens. E no grupamento educação, saúde e serviços sociais, 32% menor.

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