quinta-feira, novembro 28, 2024
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1ª Mostra Los Películas de Audiovisual começa nesta terça com curtas e longas

Foto: Imagem de “Sono Rancoroso dos Minérios”, de Rodrigo Zeferino

IPATINGA – O Los Películas Cine Clube promove sua primeira Mostra de Audiovisual, não competitiva, que reúne curtas e longas metragem, com o objetivo de incentivar e estimular a produção do Vale do Aço. De 23 a 25 de fevereiro, sempre às 19h30, a Mostra exibe 10 títulos e, após cada exibição, realiza debates com participação dos diretores das obras selecionadas. O acesso é gratuito e será feito pelo link http://meet.google.com/uzk-ecjz-tmv

“A Magia da Transformação”, abre a mostra Los Peliculas

ABERTURA

Na abertura da Mostra, 23 de fevereiro (terça) teremos 3 obras. Abre a noite o documentário “A Magia da Transformação” (2020 – 30’), dirigido por Andrés Gonzales e David Romeros. O documentário apresenta a união entre cooperativas de reciclagem e um grupo de visionários de São João Del’Rei que, com a ajuda de um software chamado “Cata Fácil”, proporcionou autonomia aos catadores e cooperativa local.

Em seguida serão exibidas duas obras do jovem diretor Léo Coessens. A primeira é“3 X Clarice” (2020 – 25’), uma trilogia de curtas experimentais inspirados em textos breves e homônimos de Clarice Lispector. A atriz Bárbara Pavione é a protagonista de “Verão na Sala”, “Era uma Vez” e “Geleia Viva”. A segunda obra de Léo apresentada na Mostra é “A Quinta História” (2020 – 25’) que apresenta um experimento audiovisual do Coletivo Aberto de Teatro, baseado no conto homônimo de Clarice Lispector, no qual, em diferentes narrativas, acompanhamos uma mulher que busca incansavelmente matar baratas.

Cena de “Senta a Pua” , de Nilmar Lage e Thiago Moreira

MINÉRIO

No segundo dia da Mostra, 24 de fevereiro (quarta), o artista visual Rodrigo Zeferino apresenta “O Sono Rancoroso dos Minérios” (2020 – 6’35”) que prossegue com sua investigação sobre a relação de seu estado de origem, Minas Gerais, com a abundância de sua própria riqueza mineral, vista ao mesmo tempo como fortuna e sina. O curta foi filmado num depósito de escória, localizada às margens do rio Piracicaba, na bacia do Rio Doce, cujo leito define os limites municipais de Ipatinga, separando a cidade do Parque Estadual do Rio Doce, maior reserva contínua de mata atlântica de Minas.

A segunda exibição da noite é “Tá Tinindo” ( 2018 – 28’), dirigido por Bruno Sanábio, formado em Cinema e Audiovisual pelo Centro Universitário Uma. O curta apresenta a relação entre a indústria siderúrgica e a cidade.

SENTA A PUA

“Senta a Pua”, dirigido por Nilmar Lage e Thiago Moreira (2014 – 43’), encerra as exibições da segunda noite da Mostra. O documentário mostra relatos sobre o massacre de Ipatinga, que aconteceu em 7 de Outubro de 1963, onde trabalhadores da Usiminas, descontentes com a vigilância e condições de moradia oferecidas pela empresa, fizeram uma paralização e logo depois entraram em confronto com a polícia militar. De acordo com o diretor, Nilmar Lage, em Senta a Pua a intenção foi trazer alguns novos personagens a público para contarem sua versão.

CURTAS

Na última noite da Mostra, 25 de fevereiro (quinta), a curadoria do Los Películas abre uma exceção, exibindo dois curtas vindos de Contagem. Trata-se de “Dias de Chuva” (2018 -3’56”) e Jardim Encantado (2019 – 4’), que tem como roteiristas as crianças Alexandre Augusto e Keven Jonathan, respectivamente, ambos dirigidos por Sheila Rodrigues. Os curtas são fruto do projeto de Cinema Luz, Câmera& Ação, uma iniciativa da Biblioteca da Escola Municipal Newton Amaral Franco, localizada em Contagem. Sob direção de Sheila Rodrigues, que é formada em Biblioteconomia e Pedagogia e da professora Sidneia Silva o projeto reuniu alunos da escola, de 6 a 11 anos, que produziram 12 curtas e já participaram de várias mostras e festivais.

“Dias não virou noite” conta a história de superação de Jeremias Amaral Dias, que ficou cego aos 19 anos

Em seguida Nilmar Lage, Thiago Moreira e Goretti Nunes apresentam “Dias Não Virou Noite” (2015 – 17’), que conta a história de superação de Jeremias Amaral Dias, que ficou cego aos 19 anos. No documentário Jeremias fala do passado, da família, das lembranças, dos amigos e do cotidiano. De acordo com os diretores do filme, boa parte das cenas são marcas por desfoques e por imagens de baixo contraste, dominadas pela luz excessiva que apaga tudo, assim como faz a sua ausência com o protagonista.

“História das Pontes do Meio Rio Doce e Colar Metropolitano do Vale do Aço”, de Mário Carvalho

PONTES

Encerra a primeira Mostra Los Películas de Audiovisual do Vale do Aço o documentário “História das Pontes do Médio Rio Doce e Colar Metropolitanto do Vale do Aço ( 17’43”), dirigido por Mário de Carvalho. No documentário um pouco da história das pontes da região do Médio Rio Doce, Piracicaba e Santo Antônioe diversos outros cursos d´água, responsáveis pela mobilidade e integração de uma das mais importantes regiões industriais de Minas Gerais.

A curadoria do Los Películas é assinada por Márcio Castro, Camila Mendonça, David Romeros, Andrés Gonzales, Beto de Oliveira, Gildásio Mendes, EnyalyPolleti, Éderson Caldas e Marilda Lyra.

SERVIÇO

1ª Mostra Los Películas de Audiovisual do Vale do Aço

de 23 a 25 de fevereiro de 2021 – 19h30

link http://meet.google.com/uzk-ecjz-tmv

Programação:

Dia 23/02/2021 – 19h30

A Magia da Transformação – 2020 – 35’ – Direção: Andrés Gonzales / David Romeros

3 X Clarice – 2020 – 25’  -Direção: Léo Coessens

A Quinta História – 2020 – 30’ – Direção: Léo Coessens

Dia 24/02/2021 – 19h30

Sono Rancoroso dos Minérios – 2020 – 6’35” – Direção: Rodrigo Zeferino

Tá Tinindo – 2018 – 28’ – Direção: Bruno Sanábio

Senta a Pua – 2014 – 43’ – Direção: Nilmar Lage / Thiago Moreira

Dia 25/02/2021 – 19h30

Dias de Chuva – 2018 – 3’56” – Direção: Sheila Rodrigues

Jardim Encantado – 2019 – 4’ – Direção: Sheila Rodrigues

Dias Não Virou Noite – 2015 – 17’ – Direção: Nilmar Lage / Thiago Moreira / Goretti Nunes

História das Pontes do Médio Rio Doce e Colar Metropolitano do Vale do Aço – 17’43”Direção: Mário de Carvalho

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