Policia

Xingó se aposenta em meio a investigação de corrupção

Xingó disse que preferiria sair de cena em outra situação, mas assegura que cumpriu seu papel

 

IPATINGA – O ex-delegado regional de Ipatinga, João Xingó de Oliveira, se aposentou, após 33 anos na carreira de policial civil. A portaria de sua aposentadoria foi publicada anteontem (25), no Diário Oficial do Estado. Segundo o policial, a solicitação do benefício foi feita há cerca de um ano.
Ouvido pela reportagem do DIÁRIO POPULAR, o policial considera que apesar da aposentadoria ter vindo em boa hora, gostaria de estar em atividade policial. “Eu gostaria de estar aposentando em outra situação, atuando como policial civil. A aposentadoria veio em boa hora. Mas, cumpri o meu papel. Para mim foi uma bênção de Deus”, disse Xingó.

CARREIRA

João Xingó de Oliveira se formou em 1984 pela Universidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo. Ingressou na carreira policial como delegado na cidade de Virginópolis. Depois de atuar em várias comarcas do interior de Minas Gerais, veio para o Vale do Aço em 2000, onde foi titular da Delegacia de Coronel Fabriciano.
Em 2008, foi transferido para Caratinga, onde foi Delegado Regional. Dois anos depois, retornou ao Vale como Delegado Regional de Ipatinga, onde ficou por mais dois anos.

INVESTIGAÇÕES

O ex-delegado se aposentou depois de ser alvo de uma série de denúncias de corrupção passiva. Ele foi acusado pelo ex-delegado Francisco Pereira Lemos, que também é presidente da Câmara de Coronel Fabriciano, de receber propina de traficantes em troca de liberdade ou supressão das provas. O vereador chamou Xingó de bandido e disse que o dinheiro arrecadado no esquema era dividido com a alta cúpula da Polícia Civil do Estado.
Segundo a assessoria de comunicação da Corregedoria de Polícia Civil foram abertas 20 diligências para apurar as denúncias. Até o momento sabe-se somente que o ex-delegado Lemos foi ouvido. A assessoria informou que novas datas serão remarcadas para prosseguirem com as investigações na região.
Sobre o assunto, Xingó disse que ainda não foi ouvido pelo órgão e que irá se pronunciar assim que a Corregedoria encerrar os trabalhos de investigação. “Se ficar comprovado algo negativo contra a minha pessoa vou responder por isso, mesmo estando aposentado. Não quero ser arrogante, mas a hipótese de descobrir algo de errado contra mim é nula”, afirma Xingó.

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