Cidades

Vereador Guedes é suspenso do PT

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Ipatinga suspendeu o vereador Sebastião Guedes das atividades partidárias. A decisão foi tomada pelos dirigentes do Partido durante reunião extraordinária na noite da última quarta-feira (18).

IPATINGA – A suspensão ocorreu com base no Estatuto do Partido dos Trabalhadores, bem como em seu Código de Ética e Disciplina. A base da decisão foi o fato de o parlamentar estar ocupando, desde março, o posto de líder de governo na atual Administração Municipal, contrariando a orientação do Partido, que é declaradamente de oposição ao governo de Nardyello Rocha.

De acordo com Estatuto, constituem infrações éticas e disciplinares “acordos ou alianças que contrariem os interesses do Partido, especialmente com filiados ou filiadas de partidos não apoiados pelas direções partidárias; o apoio a governos que contrariem os princípios programáticos do Partido, principalmente quando em proveito pessoal, ou o exercício de cargo de governo – ministro ou ministra, secretário ou secretária, diretor ou diretora de autarquia ou similar – em qualquer nível, em governo não apoiado pelo PT, salvo autorização expressa das instâncias partidárias”.

Já o Código de Ética e Disciplina do Partido dos Trabalhadores (CED) afirma que é terminantemente vedado “manifestar apoio geral a administrações ou a portadores de mandato popular que não tenham o apoio do Partido e atuem em desconformidade com os seus princípios programáticos” e que essa é considerada pelo mesmo Código de Ética como uma infração ética de natureza grave.

O CED ainda diz que a “ocupação de cargo na condição de agente político ou de dirigente de ente da Administração Indireta em governos que não tenham o apoio do Partido dos Trabalhadores por qualquer filiado exigirá autorização das instâncias partidárias competentes”, o que não ocorreu no caso de Guedes.A situação vinha sendo analisada pelo Conselho de Ética do PT desde meados de 2019. No entanto, devido ao processo de eleição interna do Partido, as apurações foram pausadas até que fosse empossado um novo Conselho.

A suspensão terá o prazo de 90 dias e, nesse intervalo, o processo seguirá para o novo Conselho de Ética que deverá apurar se houve infidelidade partidária e, em caso afirmativo, prosseguir com o processo, garantindo o direito a ampla defesa para, ao final, aplicar as medidas disciplinares, que podem ser a advertência reservada ou pública, censura pública, a suspensão do direito de voto por tempo determinado, a suspensão das atividades partidárias por tempo determinado, a destituição de função em órgão partidário e até a expulsão do Partido.

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