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Venda brasileira de aço pode voltar aos patamares de 2010

RIO – As vendas brasileiras de produtos siderúrgicos devem fechar 2014 com queda de 8,9% em relação ao ano passado, atingindo 20,8 milhões de toneladas, patamar próximo a 2010, segundo previsões do Instituto Aço Brasil. Já o consumo aparente tem queda prevista de 6,4% este ano, atingindo 24,7 milhões de toneladas. A entidade representa as principais siderúrgicas do País, como a Usiminas. 

As importações deverão atingir 4,1 milhões de toneladas, representando crescimento de 9,7%. As exportações deverão atingir 9,8 milhões de toneladas, aumento de 20,6% em relação ao ano passado, não devido à melhoria do mercado internacional, mas sim basicamente ao religamento do alto forno da ArcelorMittal Tubarão e as suas vendas externas de placas.

Os números refletem o impacto de problemas sistêmicos do país como a alta carga tributária, cumulatividade dos impostos, custo da energia elétrica e câmbio valorizado. Fatores que vêm afetando não somente a indústria brasileira do aço como também seus principais setores consumidores. 

O Instituto Aço Brasil acredita que o elevado excesso de capacidade da ordem de 600 milhões de toneladas deve continuar no curto prazo; assim como a intensa competição acirrada pelo impacto da desaceleração do crescimento da China e aumento das exportações. Isso significa que os desvios de comércio devem permanecer.

Diante desse quadro, a indústria brasileira do aço deseja investimentos e correção das assimetrias competitivas (defesa comercial eficiente e a utilização efetiva do instrumento do conteúdo nacional) de forma a assegurar o crescimento sustentável do mercado.

MELHORIAS

Assim como as previsões para PIB e produção industrial, as projeções do setor para 2015 apontam desempenho suavemente melhor do que neste ano. Num processo modesto de recuperação, as vendas internas (21,6 milhões de toneladas) devem aumentar 4%, mas ainda devem manter perda de 5,6% em relação a 2013.

O consumo aparente (25,2 milhões de toneladas) de 2015 também deve aumentar em relação a este ano (2%), mas manterá perda de 4,7% em relação a 2013. O setor se preparou para atender a demanda, com investimentos em novas tecnologias, inovação em produtos e serviços, e parque industrial moderno. 

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