Policia

Vander Madalena é condenado por assassinato em Cava Grande

TIMÓTEO – Em julgamento realizado ontem (19) no Fórum de Timóteo, a Justiça condenou o ajudante Vander Madalena, de 26 anos, a 17 anos de prisão pela morte de Luiz Carlos Machado Estevão, de 27 anos, crime que ocorreu há dois anos no distrito de Cava Grande, Marliéria. Além de Vander, foi julgado também nesta quinta-feira o carvoeiro Rodrigo Fortunato Oliveira, 29. No entanto, ele foi absolvido da acusação de assassinato.

Em 11 de setembro de 2011, o corpo de Luiz Carlos foi encontrado nu e com sinais de queimadura às margens de uma lagoa e com a cabeça enterrada em meio à lama. A vítima havia sido vista pela última vez dois dias antes na companhia de Vander Madalena, que logo foi apontado como principal suspeito.

Após intensas buscas, a Polícia Militar conseguiu prender Vander dois dias depois da descoberta do cadáver. O rapaz foi localizado dentro de uma carroça que trafegava pela MG-760 e contou que, após o crime, se refugiou em um matagal por dois dias.
Ao ser preso, Vander confessou a autoria do assassinato e delatou Rodrigo Fortunato como sendo seu cúmplice na barbárie.

DÍVIDA
A motivação do crime apresentada por Vander era de que Luiz Carlos lhe devia R$ 1 mil. Já a de Rodrigo seria o roubo de um aparelho de DVD e uma agressão cometida pela vítima contra o rapaz.

Vander detalhou que encontrou Luís Carlos na feira livre que acontece todas as sextas-feiras na praça central do distrito de Cava Grande. Juntamente com Rodrigo, convidou a vítima para beber em um bar e também ofereceram drogas ao rapaz, que era usuário.

Após saírem do bar, se dirigiram para um matagal, onde seria feito o consumo dos entorpecentes, momento em que Vander e Rodrigo teriam batido com um pedaço de pau na cabeça de Luís. Sem saber se a vítima teria morrido, a dupla arrastou o corpo até as margens do córrego e afundou a cabeça na lama com o intuito de garantir a execução do crime. Antes, a dupla também ateou fogo em partes do corpo da vítima.

ABSOLVIÇÃO
Rodrigo, que negava participação no assassinato, foi absolvido pela acusação de homicídio e condenado apenas pelo crime de destruição de cadáver. A pena dele foi estipulada em um ano de reclusão em regime aberto, sendo obrigado a prestar serviços à comunidade.

CULPADO
Vander Madalena foi considerado culpado tanto pelo assassinato de Luís quanto pelo delito de destruição de cadáver, recebendo pena de 17 anos de prisão em regime fechado e sem o direito de recorrer em liberdade. Os jurados aceitaram o argumento do Ministério Público, que denunciou Vander por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, utilizando-se de meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima. O homem, que se encontrava preso desde a época do crime, permanecerá na penitenciária Dênio Moreira de Paula, em Ipaba.

Rodrigo, que se encontrava preso em Santa Luzia desde 2011, deverá ser posto em liberdade ainda hoje (20).
No julgamento desta quinta-feira, a sentença foi proferida pela juíza da Vara Criminal Flávia Silva da Penha. A acusação ficou a cargo do promotor de Justiça Samuel Saraiva Cavalcanti e a defesa foi feita pelos advogados dativos Elizeu Borges Brasil e Mateus Roberto Estanislau. A sessão durou cerca de cinco horas e não contou com testemunhas, que foram previamente dispensadas.


O corpo de Luiz Carlos foi encontrado às margens de um córrego com a cabeça enterrada na lama

 


                                     Rodrigo Fortunato

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