Cidades

Vale readequa indústria da mineração no Estado

Projeto Conceição Itabiritos II, que será desenvolvido em Itabira     (Crédito: Bruno Vereza/Vale)

RIO – A Vale está desenvolvendo em Minas Gerais um dos maiores projetos de readequação da indústria da mineração: o Itabiritos. Com investimentos de U$ 5,5 bilhões na construção e adaptação de usinas de beneficiamento, vai ser possível reaproveitar o minério de ferro de baixo teor que foi guardado em pilhas formadas ao longo das últimas quatro décadas.

O investimento nas tecnologias de processamento irá aumentar o atual volume de produção e estender a vida útil de três minas: Vargem Grande, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, Conceição e Cauê, ambas em Itabira. Cauê foi a primeira operação de minério de ferro da Vale, inaugurada em 1942. As obras devem estar totalmente concluídas no início do próximo ano.

PRODUÇÃO MAIOR
O projeto vai adicionar 65 milhões de toneladas por ano à produção nominal da Vale. Deste total, 26 milhões representam aumento real de capacidade. “O Projeto Itabiritos é muito importante para a Vale no atual cenário de mercado, em que a qualidade do produto e o aumento da produtividade são fundamentais”, explica o diretor de Projetos de Ferrosos Sudeste, Carlos Miana.

As plantas de Conceição Itabiritos I, em funcionamento desde 2013, e Vargem Grande Itabiritos, cujo start up ocorreu no segundo semestre de 2014 já contribuíram para que a Vale conseguisse operar pela primeira vez em sua história, no primeiro trimestre deste ano, com um custo de produção do minério de ferro entregue no porto abaixo de US$ 20 por tonelada – caiu de US$ 23,2, no 4T14, para US$ 19,8, no 1T15. A planta de Conceição Itabiritos II iniciou sua operação agora em junho e Cauê Itabiritos terá seu start up até o final deste ano.

MINÉRIO POBRE
O projeto consiste em beneficiar minérios pobres com até 40% de teor de ferro e alta presença de contaminantes (sílica e fósforo), os chamados itabiritos compactos, oriundos da área atual de lavra e de pilhas de estoque. Nestas pilhas, estão guardados ainda minérios ultrafinos de alto teor, com tamanho menor que um milímetro. No processo, o minério pobre é fragmentado em partículas superfinas e misturado aos ultrafinos da pilha.

Depois, ambos são concentrados, gerando pellet feed (insumo para pelotas) e, em alguns casos, sinter feed, com teor de até 69% de ferro e baixa presença de sílica, tornando-os atrativos ao mercado mundial. O projeto reduz o impacto ambiental, pois elimina a necessidade de novas áreas para constituição de novas pilhas.

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