Policia

Usuário de crack é executado durante o banho

Para entrar na casa, dupla teria arrombado o portão da residência    (Crédito: Gizelle Ferreira)

IPATINGA – A noite da última quinta-feira (30) foi marcada por vários crimes contra a vida e deixou um saldo de duas pessoas mortas e outras duas baleadas. Um adolescente e uma criança viram o irmão Aquiles Martins dos Santos, 18 anos, o “Biquin”, ser executado enquanto tomava banho. O homicídio ocorreu por volta de 20h30, na rua Tucumã, no bairro Vila Militar.
Segundo relato da Polícia Militar, uma vizinha escutou o barulho dos disparos e foi até a residência da vítima. Quando se aproximou do portão, encontrou os dois menores em prantos, e ao entrar na casa, deparou com a vítima caída dentro do banheiro. Uma equipe do SAMU foi acionada, e de imediato constatou o óbito. O perito Herbert, da Polícia Civil, constatou quatro perfurações no rapaz, sendo duas no peito, uma nas costas e outra na cabeça.

EXECUÇÃO
Muito abalado com o ocorrido, um dos irmãos que presenciou toda a cena do crime teve dificuldades em dar mais detalhes aos policiais. Ele mencionou à polícia que dois homens de capacete, um deles armado, arrombaram o portão da casa e da sala e entraram perguntando onde estava o “Biquin”. Com medo, o garoto acabou indicando onde o irmão estava.
Em seguida, os autores teriam arrombado a porta do banheiro e efetuaram vários disparos contra Aquiles, que tomava banho. Segundo a polícia, a vítima possuía passagens por envolvimentos com drogas e crimes contra o patrimônio. Recentemente, ele ganhou a liberdade condicional, após cumprir pena em regime fechado.

MEDO
O sargento Pereira, comandante da 152ª Cia da Polícia Militar, esteve no local e conversou com alguns familiares. Segundo informou a família, nos últimos dias Aquiles andava muito desconfiado e sempre com medo. Até o momento, a polícia acredita que o crime esteja ligado ao tráfico de drogas. A forma como a vítima foi executada não deixa dúvidas de que houve premeditação. “As pessoas já foram com a intenção de tirar a vida do Aquiles, tanto é que não fizeram nada contra as duas crianças que estavam na casa”, considera o Sargento.

CRACK
Para a polícia, é fundamental investigar as causas do medo mencionado pela família da vítima. Antes de ser preso, Aquiles morava no bairro Bom Jardim e, depois que ganhou a liberdade, passou a residir na casa da mãe e dos irmãos, no bairro Vila Militar. No momento de sua morte, a mãe dele não estava em casa.
O sargento Pereira relata que dias antes da execução, militares lhe fizeram uma visita e, na ocasião, Aquiles teria dito que iria mudar de vida. “Ele teve uma chance, saiu da cadeia, mas constantemente estava sendo abordado pela polícia. Os familiares ainda alegaram que ultimamente ele estaria fazendo constante uso de crack. Então, infelizmente, há crimes que não tem como a polícia impedir”, finaliza o oficial.

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