Cidades

Usiminas quer negociar acordo com o Sindipa

(Crédito: Divulgação Sindipa)

IPATINGA – A Usiminas solicitou nesta sexta-feira (19) uma nova reunião com o Sindipa para dar prosseguimento às negociações do Acordo Coletivo 2014/2015. A iniciativa da empresa ocorre mesmo após o sindicato tentar, sem êxito, impedir a entrada dos empregados durante todo o dia de ontem, conforme informou a siderúrgica.

“Como estão proibidos pela Justiça de se aproximarem das portarias, devido a recentes manifestações de truculência, os sindicalistas abordaram à distância os empregados. Porém, não conseguiram paralisar as atividades da usina, uma vez que eles não tiveram a adesão dos metalúrgicos”, informa a empresa, em nota enviada à imprensa.

Os esclarecimentos da siderúrgica lembram que “ao sinalizar novamente para o Sindipa que o diálogo é sempre a melhor solução, a Usiminas pretende continuar as negociações para fechamento do acordo. Para isso ocorrer, a Usiminas precisou acionar a Justiça para impedir o atraso ainda maior do processo, pois o Sindipa não disponibilizou o resultado oficial das últimas assembleias para a empresa”.

Na quinta-feira (18), o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região determinou ao Sindipa que disponibilize à Usiminas, “sob pena de busca e apreensão”, os documentos relativos às Atas das Assembleias ocorridas nos últimos dias 15 e 16, feitas nas portarias da empresa. O prazo dado pela Justiça para a entrega do documento era até 22:00h de ontem, dia 19.

Apesar de o Sindipa ter divulgado em seu informativo que os empregados da Usiminas rejeitaram a proposta para o acordo e aprovaram a greve, a empresa ressalta que isto não procede. Segundo o que foi definido pelo próprio sindicado no edital de convocação da Assembleia, para que a greve fosse aprovada a maioria dos votantes deveria ter se manifestado por  esta opção, o que não ocorreu.

A indisposição do sindicato em fornecer os documentos, em que pese os diversos pedidos da Usiminas, não apenas tem prejudicado o andamento das negociações, como também tem contribuído para um cenário de incertezas na região. “(…) a paralisação de uma empresa do porte da Usiminas é extremamente nociva, podendo ocasionar prejuízos econômicos e sociais irreversíveis em todo o Vale do Aço”, ponderou o juiz Marcelo Oliveira da Silva, em seu despacho.

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