Policia

TJ restringe cobertura de julgamento de ‘Pitote’

FABRICIANO – O Tribunal de Justiça de Minas Gerais listou uma série de recomendações para o julgamento de Alessandro Neves Augusto, o “Pitote”. As exigências são, sobretudo, para a imprensa, que está impedida de usar qualquer aparato eletrônico no salão do júri no Fórum de Coronel Fabriciano. O julgamento está marcado para as 8h30 de hoje.

A Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça credenciou os jornalistas interessados em acompanhar o julgamento. Estão reservados dez assentos no plenário, devendo os jornalistas se revezarem, de forma a permitir que todos tenham acesso ao local do julgamento. “Não será permitida a realização de fotografias e imagens do plenário durante o julgamento. Também não serão autorizados a gravação de áudio e o uso de tablets e notebooks”, disse a nota.

A autorização para a realização de imagens do plenário antes da abertura da sessão de julgamento e no momento da leitura da sentença será facultada pelo juiz que irá presidir o julgamento.
Alessandro será julgado pelo assassinato do fotógrafo freelancer Walgney Carvalho. Em dois meses, esta é a segunda vez que “Pitote” se sentará no banco dos réus. Em 19 de junho ele foi condenado a 12 anos de prisão pelo homicídio do jornalista Rodrigo Neto.

IMAGEM
Esta é a segunda vez que Alessandro Neves tem o direito de imagem garantido pela justiça. O advogado dele, Rodrigo Carmo, disse ontem à tarde ao jornal Diário Popular que o seu cliente pediu para não ser filmado e nem fotografado. “Ele pediu somente isso. As outras exigências foram imposições do TJ”, esclareceu o advogado.
Durante o julgamento do homicídio Rodrigo Neto, ocorrido em junho deste ano em Ipatinga, o TJ foi mais brando em suas exigências, permitindo a entrada de notebooks ou tablets (ferramenta necessária para o trabalho de um jornalista).

No julgamento de Lúcio Lírio Leal, realizado ano passado no Fórum de Ipatinga, o TJ impediu que os jornalistas fizessem fotografias e vídeos. No entanto, a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça disponibilizou online as imagens do júri, facilitando o trabalho da imprensa.

Estranhamente, em todo julgamento que ocorre nas Comarcas do Vale do Aço, cabe ao juiz local decidir se permite ou não o uso de aparatos eletrônicos dentro do salão do júri, o que poucas vezes acontece. Dificilmente há casos em que um réu peça para não ser fotografado ou filmado. Também nunca houve a proibição de notebooks ou tablets para fins de anotações ou pesquisas dentro de um salão do júri.

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