Policia

TJ nega habeas corpus a policiais civis presos

BH – O Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou na última terça-feira (4) o pedido de habeas corpus feito pela defesa dos quatro policiais civis acusados de assassinarem quatro menores de idade em 2011, crime que ficou conhecido como a Chacina de Revés do Belém. O pedido foi julgado pelos desembargadores da 1ª Câmara Criminal Walter Luiz de Melo, Silas Rodrigues Vieira e Alberto Deodato Neto.

O caso em questão é o da morte dos adolescentes John Enison da Silva, 15, Nilson Nascimento Campos, 17, Felipe Andrade, 15, e Eduardo Dias Gomes, 16. De acordo com investigações feitas pela Polícia Civil de Belo Horizonte, os jovens foram vistos pela última vez no dia 24 de outubro, quando foram conduzidos à Delegacia de Ipatinga. Após serem liberados, os adolescentes teriam apedrejado uma viatura da PC, novamente apreendidos e nunca mais vistos com vida. Seus corpos foram localizados seis dias depois no distrito de Caratinga, nus e com perfurações de arma de fogo na nuca.

O caso foi investigado pelo Departamento de Homicídios da capital mineira, que apontou quatro policiais civis como sendo os responsáveis pelo crime: Leonardo Alves Correa, Ronaldo de Oliveira Andrade, Jimmy Casseano Andrade e José Cassiano Ferreira Guarda.

Os agentes foram presos entre os meses de abril e maio do ano passado e se encontram desde então custodiados na Casa do Policial Civil, em BH. Em junho de 2013, eles foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáveres. Com a negativa do pedido de habeas corpus no TJ, a defesa não descarta pedir a revogação da prisão preventiva dos suspeitos.


Pitote será ouvido hoje

Da redaçãoParalelamente ao julgamento do pedido de habeas corpus em BH, a testemunha que relacionou os quatro policiais ao crime foi ouvida também na terça-feira no fórum de Ipatinga.

O processo da chacina de Revés do Belém se encontra na fase de instrução, quando testemunhas da defesa e também da acusação são ouvidas em juízo. Até o momento, cerca de 20 pessoas arroladas pela acusação do Ministério Público já prestaram esclarecimentos em Ipatinga, Governador Valadares, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte. Nesta quinta-feira (6), em Contagem, Alessandro Neves Augusto, o Pitote, acusado de assassinar o jornalista Rodrigo Neto e o fotógrafo Walgney Carvalho, também presta depoimento sobre o caso.

De acordo com o inquérito deste caso, quando foi detido pelas mortes dos profissionais da imprensa, Alessandro tinha em sua carteira o endereço de uma testemunha-chave da chacina, situação não esclarecida por ele. Pitote se encontra detido na Penitenciária Nelson Hungria desde junho do ano passado.

Você também pode gostar

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com