A vereadora Guaraciaba Gomes (PMDB) disse que a Câmara deve a folha de pagamento e fornecedores
(Crédito: Arquivo DP)
TIMÓTEO – Os servidores públicos do Poder Legislativo de Timóteo estão sem poder usar o telefone fixo dos gabinetes e demais repartições da Câmara desde terça-feira (8). Isso porque a concessionária do serviço de telefonia suspendeu a realização de chamadas por falta de pagamento.
O serviço foi mantido apenas para o recebimento de ligações externas. Após negociação com a empresa, o restabelecimento do serviço era aguardado para o final da tarde de quarta (9).
De acordo com a presidente Guaraciaba Gomes (PMDB), a Casa tem que quitar o equivalente a R$ 638 mil da folha de pagamento de dezembro e outros R$ 122 mil de receitas liquidadas, que seriam serviços e produtos comprados que foram entregues e aguardam o pagamento das notas fiscais faturadas.
Já um montante de R$ 424 mil em empenhos está na Contabilidade para ser liberados, ou seja, são produtos que ainda não foram entregues e, portanto, não podem ser considerados como dívidas.
JUDICIÁRIO
A Casa tem encontrado dificuldade para honrar seus compromissos em função do não repasse da verba constitucional do mês de dezembro pelo ex-prefeito Sérgio Mendes (PSB).
Para obrigar a Prefeitura de Timóteo a fazer o pagamento dos recursos atrasados, o Legislativo ajuizou uma mandado de segurança, cuja decisão liminar bloqueou as contas do município.
“Houve o bloqueio das contas e estamos aguardando que um recurso seja depositado para o Executivo, assim vamos poder receber e regularizar os pagamentos. Procuramos os fornecedores e estamos tentando garantir a continuidade das obras, pois a estrutura para receber os vereadores não foi concluída e nem montada”, explicou a vereadora.
A presidente se refere às obras de adaptação ao anexo da Câmara de Timóteo, para acomodar os novos parlamentares, que não foram concluídas. A reforma foi paralisada por falta de recursos.
“Não conseguimos ainda retomar as adaptações no anexo. Mas estamos administrando os problemas. O que nos conforta é saber que o montante que temos a receber quita os débitos que temos com fornecedores e também garante a continuidade das obras para adaptar os gabinetes”, esclareceu.
Outro ponto que preocupa Guaraciaba é a queda na arrecadação do município, que também fez com que o repasse à Casa sofresse uma redução considerável. A gestão dela terá R$ 1 milhão a menos para investir na Câmara.
ESFORÇO
O prefeito Keisson Drumond (PT) tem feito um esforço em conjunto com o seu secretariado para sanar os problemas financeiros da Prefeitura. A equipe de governo esteve no INSS e Receita Federal para renegociar as dívidas e já conseguiu o desbloqueio dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Só que a verba em caixa não é suficiente para honrar o pagamento dos salários atrasados de dezembro do funcionalismo publico, estimado em quase R$ 6 milhões, e também para quitar o débito com a Câmara de quase R$ 1,5 milhão.
De acordo com a Assessoria de Comunicação, apesar de ter conseguido a liberação do FPM, a PMT pode novamente ter os recursos bloqueados em função de outros débitos com o sistema previdenciário, por isso a situação na cidade inspira cuidados.
