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Sintserpi defende adicional de insalubridade justo para servidor

IPATINGA – Os servidores de Ipatinga foram novamente surpreendidos nesta quarta-feira (17) com o posicionamento dos vereadores, que mesmo diante de uma posição contrária apresentada pelo sindicato, aprovaram em primeira discussão o projeto de Lei 32/2017, que dispõe sobre a concessão de adicional de insalubridade aos servidores do município. Na terça-feira (16), o projeto entrou na pauta de votação, mas teve um pedido vista feito vereadora Lene Teixeira com o intuito de estudar melhor a proposta do governo municipal.

SALÁRIO JUSTO É CRIME

O PL 32 tramita na casa há quase dois meses sob alegação de que o município enfrenta problemas financeiros e não está dando conta de pagar os direitos adquiridos pelo trabalhador. A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sintserpi), Marcione Menezes, esclarece que desde 2007 o sindicato está lutando para que o adicional seja calculado em cima do salário base, e que seja realizado o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). “Ouvimos por parte de alguns vereadores, como no caso do líder de governo na Câmara, vereador Jadson Heleno, que servidores com altos salários, como médicos, estão pleiteando o índice de insalubridade sobre o vencimento. Receber o salário justo pela carreira que ele prestou concurso público hoje é crime. Eles alegam ainda que os salários dos médicos são um absurdo. Agora, o governo esquece que o município não pode ficar sem médicos, enfermeiros, auxiliares e profissionais técnicos. Queremos uma conversa com o prefeito de Ipatinga para que o adicional de insalubridade seja feito de forma justa para o trabalhador, porém ele não nos recebe”, lamenta.

COMISSÃO
Durante a sessão, assim que iniciaram as manifestações dos parlamentares que publicamente se posicionaram contrários ao projeto de Lei, como no caso de Lene Teixeira, Cassinha Carvalho, Franklin Meireles e Tunico, o presidente da Câmara, vereador Nardyello Rocha, nomeou uma Comissão para buscar junto ao executivo uma proposta melhor, e adiou a próxima sessão na Casa para a segunda-feira (22), quando o projeto retornará em segunda discussão e votação.

DESVALORIZAÇÃO

A servidora pública do Hospital Municipal, Geralda Carvalho de Souza, acompanhou a votação do projeto de Lei e avaliou a falta de conhecimento técnico dos vereadores, que na sua opinião, desconhecem a exposição em que os servidores são submetidos em virtude das funções executadas. “Arriscamos nossas vidas e não somos valorizados. Tive tuberculose no início do ano e quase morri. Lá no Hospital Municipal, de 2015 a 2016, 10 pessoas tiveram tuberculose, entre elas seis técnicos de enfermagem que ficaram internados no mínimo 16 dias isolados, com aparelho. Eles não se preocupam em nos proteger, mas em tirar os nossos direitos, sim. O certo seria a gente ter o direito em cima do salário-base e não em cima do menor salário dos servidores, ou um pouquinho a mais que isso”, criticou.

VOTOS
Votaram contra os servidores municipais os vereadores Pastora Márcia Perozine, Ademir Cláudio, Paulo Reis, VandersonAutotrans, Geraldo Andrade, Luis Márcio, Adiel Oliveira, Jadson Heleno, Masinho, Rogerinho, Gilmarzinho. O vereador Wanderson Gandra, presidente da Comissão de Saúde não se fez presente na sessão extraordinária da Câmara.

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