A melhoria do transporte coletivo no município é uma das reivindicações do MPL
IPATINGA – A pauta defendida pelo Movimento Passe Livre-Ipatinga foi referendada nesta quarta-feira (4) pelos presidentes dos Sindicatos dos Servidores Municipais (Sintserpi), dos Empregados no Comércio e Serviços (Seci) e pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE). Juntas, as entidades representam os interesses de mais de 30 mil trabalhadores.
“As reivindicações que o MPL nos apresentou vão ao encontro do desejo de toda a massa de servidores que representamos. É de conhecimento geral a precariedade com que o serviço de transporte público é oferecido em nossa cidade. Nada mais legítimo que somarmos força junto a esta organização para defendermos estas conquistas de maneira unificada”, assegurou a presidente do Sintserpi, Helenir de Lima.
FALTA TRANSPARÊNCIA
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio e Serviços de Ipatinga (Seci), Cláudio Marconi Ferreira, a falta de transparência com que o serviço de transporte público é oferecido na cidade merece toda a atenção dos movimentos populares e sociais. “O valor da passagem de ônibus deve respeitar uma série de requisitos que ninguém sabe ao certo se são ou não respeitados. A planilha de lucros e despesas da concessionária Autotrans é tratada de maneira restrita à Prefeitura e à empresa que detém a exclusividade do serviço. Passou da hora de termos acesso a estas informações”, afirmou o sindicalista ao defender o MPL-Ipatinga como representante da causa no município.
REVOGAÇÃO DO AUMENTO
Dentre as reivindicações apresentadas aos sindicalistas, a organização listou como prioridades a revogação do último aumento da passagem de ônibus no município, a ampliação das linhas oferecidas atualmente na cidade, investimentos concretos em melhorias na frota de veículos, a implantação de um sistema de integração das linhas de Ipatinga e entre os municípios pertencentes à Região Metropolitana do Vale do Aço e a abertura da planilha de faturamento e despesas da empresa.
“São todas reivindicações comuns a qualquer sindicato ou organização que defenda os interesses dos trabalhadores e dos próprios usuários de ônibus. A sociedade precisa se posicionar e participar ativamente deste assunto”, declarou a presidente do Sind-UTE, Cida Lima.
ESTUDANTES
A representante dos trabalhadores em educação de Ipatinga destacou a condição de milhares de estudantes que são obrigados a gastar parte significativa do vencimento de seus pais para terem acesso ao ensino. “De que vale uma escola pública se precisam pagar para terem acesso a ela? Essa situação é mais difícil aos estudantes do nível médio, pois, diante o menor número de unidades espalhadas pela cidade, grande parte deles são obrigados a pagar passagens de ônibus para se deslocarem de suas casas até as escolas”, pontuou Cida Lima.
OFÍCIOS
O Movimento Passe Livre-Ipatinga apresentou sua pauta de reivindicações na tarde de ontem (4) junto à Agência Metropolitana do Vale do Aço e a empresa concessionária Autotrans. No documento, a organização ressalta “o compromisso da Administração Municipal, do Estado de Minas Gerais e da Autotrans” e se coloca à disposição para discutir de maneira conjunta melhorias para o transporte público em Ipatinga e todo o Vale do Aço.
O MPL informa ainda que enviou o mesmo ofício para a Prefeitura de Ipatinga há dez dias. Até o momento a Administração não deu retorno.
