Cidades

Sindicatos da região aderem às manifestações nacionais

Três centrais sindicais convocaram protestos no Centro de Ipatinga: CUT, CTB e Novas Centrais
(Crédito: André Almeida)

IPATINGA – Centrais sindicais de todo o Brasil convocaram uma mobilização nacional para esta quinta-feira (11), o “Dia Nacional de Luta”. Diversos sindicatos do Vale do Aço aderiram ao movimento e realizaram protestos que começaram logo nas primeiras horas da manhã e se estenderam ao centro de Ipatinga, Timóteo e Belo Oriente.
O Sindipa, filiado à Força Sindical, juntamente com a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Ipatinga, fez uma mobilização logo cedo, na BR 381, no bairro Horto, em Ipatinga. A rodovia ficou fechada até às 8h30 e provocou um congestionamento de 50 quilômetros.

Sindicatos como o dos servidores públicos e também dos metalúrgicos das cidades de Timóteo e Coronel Fabriciano se concentraram na praça 1º de Maio, em Ipatinga, juntamente com representantes dos comerciários, funcionários públicos da cidade e dos trabalhadores em educação da região na mobilização. O movimento foi articulado por centrais como a CUT, CTB e Novas Centrais e marchou pelas ruas do centro, chamando muita atenção dos comerciantes, que ao contrário das outras manifestações ocorridas na cidade, optaram por não fecharem as portas das lojas.

Com faixas, cartazes, batuques, e discursos de militantes por meio do carro de som, os manifestantes se direcionaram para à avenida Vinte e Oito de Abril e depois avenida João Valentim Pascoal, onde fizeram uma parada em frente à Cemig. O ato também seguiu para a Praça Três Poderes e Previdência Social, onde foi pedido o fim do fator previdenciário e a valorização das aposentadorias. Cerca de 50 pessoas estiveram presentes no protesto de Ipatinga e permaneceram até o meio dia no ato.

BELO ORIENTE
Após o fim do manifesto em Ipatinga, alguns militantes se dirigiram para a cidade de Belo Oriente, onde o Dia Nacional de Luta também foi lembrado pelos trabalhadores. O ato público começou por volta do meio dia com concentração na Praça do INSS, de onde saíram em passeata. O cortejo percorreu algumas ruas do Centro, passando pela Câmara Municipal até chegar à Prefeitura.

Os educadores da rede municipal juntamente com outras categorias profissionais e demais segmentos da sociedade foram às ruas denunciar a falta de investimentos públicos na área, como o não pagamento do piso salarial dos professores como prevê a lei, bem como o descumprimento da jornada de trabalho exigida na mesma lei. A categoria também manifestou seu descontentamento com a forma que as negociações estão sendo conduzidas e do índice de reajuste de 6,2% que o governo municipal ofereceu. “Entendemos que o governo municipal deve se esforçar mais e demonstrar aos trabalhadores em educação que irá implementar o piso salarial do professores”, ressaltou Cida Lima, coordenadora geral do Sind-UTE/MG.

PAUTA
A mobilização dos sindicatos e centrais sindicais teve início há mais de um mês, quando começou a ser elaborada a Pauta de Reivindicações Unificada para ser apresentada no Dia Nacional de Lutas, com manifestações simultâneas em todo o Brasil.

Entre os pedidos listados pelos manifestantes estão a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários; o repasse de 10% do PIB para a educação e outros 10% do orçamento da União para a saúde; a reforma agrária; a redução das tarifas de energia; a democratização dos meios de comunicação; e a reforma política com realização do plebiscito popular.

Em Ipatinga, questões como a reabertura do Restaurante Popular e a concessão do passe livre também entraram na pauta dos manifestantes. A BR 381, por onde os manifestos começaram, também faz parte da pauta de mudanças exigidas pelas centrais sindicais em Minas Gerais. Elas pediram do Governo Federal a imediata duplicação da rodovia.
No Estado, o Dia Nacional de Luta foi marcado ainda pela paralisação de um dia dos trabalhadores em educação, dos eletricitários, metroviários e dos servidores da saúde. Apenas 30% dos trabalhadores das categorias permaneceram trabalhando. A promessa é que nesta sexta-feira (12) tudo volte ao normal.


BR-381 foi a primeira parada dos manifestantes; trânsito ficou congestionado em 50 quilômetros
(Crédito: João Rabelo)


Dia Nacional de Luta também foi lembrado pelos trabalhadores de Belo Oriente   (Crédito: Jodson Sander)

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