Cidades

Sindicato dos garis terá reunião no Ministério Público do Trabalho

Trabalhadores da Vital Engenharia, na Câmara de Ipatinga, em setembro, exibindo o aviso prévio   (Crédito:Arquivo DP)

 

IPATINGA – A Procuradoria Regional do Trabalho em Coronel Fabriciano marcou para a próxima terça-feira (26) uma audiência com os trabalhadores da Vital Engenharia Ambiental, concessionária do serviço público de limpeza urbana no município. O objetivo da reunião é tentar evitar uma possível demissão em massa na empresa.
Recentemente, a situação dos trabalhadores das creches também foi alvo de intervenção do Ministério Público do Trabalho. Os funcionários da Vital estão correndo o risco de ser demitidos devido à dívida de quase R$ 20 milhões da Prefeitura Municipal de Ipatinga com a empresa. O montante se refere aos meses de março a setembro de 2011 e janeiro a abril deste ano.

SITUAÇÃO
De acordo com Geraldo Julião Magela, presidente do Sindicato dos Empregados nas Empresas de Turismo do Vale do Aço (Seethur), que representa os trabalhadores da empresa, a Vital anunciou que poderá demitir de 80% a 100% do quadro de funcionários – ou cerca de 500 pessoas -, caso a PMI não acerte os atrasados. “Nada ficou definido ainda e a Prefeitura não acenou com nenhuma possibilidade de negociação. Por isso vamos ter essa reunião em Coronel Fabriciano no Ministério Público do Trabalho. O sindicato quer tentar negociar para que os funcionários sejam mantidos na empresa”, revelou Geraldo.
A Vital Engenharia Ambiental vai aguardar o pronunciamento da administração municipal até o próximo dia 30 de junho. Após a data, se nada for resolvido, as demissões podem começar a partir do dia 2 de julho. “Tememos tanto pelos nossos empregados quanto pelo povo de Ipatinga, porque se essa demissão for concretizada, muitas pessoas ficarão em dificuldade”, declarou o presidente do Seethur. Ainda segundo ele, o salário mensal dos trabalhadores ainda não foi comprometido.

REAJUSTE
O Sindicato lamenta que a situação da dívida junto à Prefeitura tenha se agravado quando a classe estava prestes a conseguir o reajuste salarial, que deveria ter sido oferecido no início do ano. “Desde janeiro que os trabalhadores estão na expectativa de receber um amento salarial, conforme estava previsto. Estávamos avançando com as negociações e sem dúvida o que está acontecendo é muito desagradável para todos nós”, afirmou Geraldo.

HISTÓRICO
Em setembro do último ano, a Vital passou pelo mesmo problema. Na ocasião, uma dívida de aproximadamente R$ 10 milhões fez com que 300 trabalhadores da Vital fossem colocados de aviso prévio. Além disso, serviços essenciais de limpeza urbana, como coleta de entulho, foram suspensos pela falta de pagamento da PMI. À época, foi feito um acordo em que a Administração se comprometeu a efetuar o pagamento parcelado e a empresa suspendeu as demissões. Porém, o acordo não foi cumprido. Caso o anúncio das 500 demissões se concretize, a cidade enfrentará novamente acúmulo de lixo nas ruas.

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