Cidades

Sindicato defende escola integral na rede municipal

Feliciana Saldanha destacou que o município possui projeto de carga horária ampliada, sem a inclusão de todos os elementos da ‘Educação Integral’

 

IPATINGA – Durante entrevista na tarde de ontem (27), a coordenadora geral do Sindicato Único dos Servidores em Educação (Sind-UTE), Feliciana Saldanha, disse que o governo Robson Gomes (PPS) não implementou o projeto ‘Educação Integral’ na rede municipal de ensino. E sim um projeto educacional denominado ‘Mais Educação’, do Governo Federal, que prevê apenas uma carga horária maior. A proposta não possui todas as diretrizes defendidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD) e nem pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) – modelo defendido pelo sindicato para as unidades municipais.
“A escola de tempo integral requer mais que a extensão do tempo de permanência do aluno no interior da escola. É preciso considerar a necessidade de uma reorganização dos espaços escolares, redimensionamento das práticas pedagógicas, reestruturação das relações estabelecidas entre os sujeitos protagonistas da escola e o objeto do conhecimento”, explicou.
Atualmente, 14 escolas da rede municipal de Ipatinga possuem o projeto de extensão de carga horária. O Sind-UTE defende que o projeto seja desenvolvido nas 37 unidades vinculadas ao poder público, do 1° ao 9° ano do ensino fundamental.
“A educação integral é um projeto maior, capaz de responder a uma multiplicidade de exigências na construção do das relações e no aperfeiçoamento do ser humano. Deve-se oferecer para o educando dimensões cognitiva, corpórea, social, cultural, psicológica, afetiva, econômica, ética, estética, entre outros”, destacou.

FILOSOFIA
Feliciana ainda ressaltou que essas aprendizagens buscam capacitar o aluno para viver uma vida mais plena. Por isso, a importância de articular o processo educativo ao desenvolvimento humano, com disciplinas curriculares e os conhecimentos em abordagens interdisciplinares e transdiciplinares.
“A educação integral precisa estabelecer currículos que sejam amplos e dinâmicos, que modifiquem a rotina escolar, repesando os espaços e o tempo do educando de maneira a possibilitar contextos onde se dê a formação e o desenvolvimento deles”, esclareceu.

INFORMATIVO
O intuito do sindicato é discutir junto com a categoria o formato da ‘Educação Integral’. A mobilização vai ser feita através de informativos e, após o período eleitoral, com debates. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Vale do Aço vai elaborar ainda um documento único contento todas as plataformas dos trabalhadores da educação, comerciários e servidores públicos municipais.

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