Cidades

Seminário desmistifica crendices e combate preconceito a epilepsia

(Crédito: Lucas Facini)

IPATINGA – Mais de 250 estudantes de cursos superiores participaram do Seminário “Epilepsia. Você precisa saber!”, promovido pela Associação de Apoio ao Portador de Epilepsia de Ipatinga (AAPE), com presenças do vereador Nilton Manoel (PSD) e da deputada Rosângela Reis (Pros).

O evento foi realizado em parceria com a Liga Acadêmica SVU (Suporte Ventilatório de Urgência), da Faculdade de Medicina do Vale do Aço (Univaço), no auditório da própria instituição de ensino, no Veneza I, em Ipatinga, em celebração do Dia Nacional e Latino Americano de Epilepsia (9 de setembro).

Além da Univaço, também participaram das atividades alunos das faculdades Pitágoras, Unipac e Unileste, que assistiram a uma série de palestras ligadas diretamente à doença: “Mitos e Verdades”, “Sintomas e Controle”, “Epilepsia X Pisiquiatria”, “Preconceito: barreira a ser vencida”, “Epilepsia à luz do Direito”. Na abertura, a Liga Acadêmica SVU fez uma Mostra de Trabalho Científico sobre a doença.

Mitos, direitos e preconceito
O neurologista Lucas Magalhães discorreu sobre “Mitos e Verdades” e chamou a atenção para algumas crendices acerca da epilepsia. “Muitos ainda confundem crise epiléptica com possessão demoníaca. Eu tenho formação cristã-evangélica e sou um estudioso desta área. Afirmo com toda a convicção que uma coisa nada tem a ver com a outra, até porque os sintomas são diferentes”, explanou, ao lado do psiquiatra Weverton Margotto, que também ministrou palestra no evento.

A defensora pública Letícia Fonseca fez menção aos direitos dos portadores de epilepsia, chamando a atenção para o dever do poder público. “A defensoria sempre busca fazer prevalecer o direito do cidadão, que não pode ser negligenciado em hipótese alguma”, comentou. No encerramento dos trabalhos, o psicólogo Sérgio Santos, que abordou a questão do preconceito à doença, elogiou a realização do seminário. “A informação é a melhor opção contra o preconceito, que de fato é uma grande barreira para o portador, daí a importância de eventos como este seminário”, comentou.

Informe-se e ajude a combater o preconceito

– Epilepsia é uma doença não-contagiosa que afeta cerca de 1% da população mundial (65 milhões de pessoas).

– Trata-se de um grupo de transtornos neurológicos que varia desde uma curta duração e praticamente imperceptíveis até longos períodos de agitação vigorosa.

– Na maior parte, desconhece-se a origem da doença, embora os sintomas possam aparecer após lesões cerebrais, como AVC, tumores cerebrais, toxicodependência ou alcoolismo, entre outros.

– Os ataques resultam de atividade excessiva e anormal das células nervosas do córtex cerebral, sendo, muitas vezes, confirmada através de um eletroencefalograma (EEG).

– Quando uma pessoa apresentar sintomas de epilepsia, procure proteger a cabeça dela até que a agitação vigorosa seja, gradativamente, atenuada.

– A epilepsia não tem cura, embora os ataques possam ser controlados com medicação em cerca de 70% dos casos.

– Há um número significativo de pessoas que, medicadas regularmente, melhoram ao ponto de não ser necessária qualquer medicação.

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