Cidades

Secretário de Estado vem ao Vale do Aço ouvir lideranças empresariais

Representantes de entidades de classe de todo o Vale do Aço compareceram à reunião na sede da Superintendência Regional de Fazenda de Ipatinga

 

IPATINGA – O Sindcomércio Vale do Aço e outras entidades que representam o comércio e a indústria reuniram-se na tarde desta quinta-feira (28), na sede da Superintendência Regional de Fazenda de Ipatinga, com o secretário de Estado de Fazenda, Leonardo Maurício Colombini Lima. O encontro foi uma iniciativa do Estado e teve por objetivo estreitar as relações do Governo Estadual com as lideranças empresariais da região. “Foi um bate-papo informal, um diálogo direto para aproximar e melhorar o nosso relacionamento”, ressaltou o subsecretário de Estado da Receita Estadual, Gilberto Silva Ramos, que também participou da reunião.
Conforme Gilberto, o encontro, que faz parte do projeto “Fale com a Fazenda”, serviu para que as entidades que representam o comércio e a indústria no Vale do Aço colocassem questionamentos e revelassem problemas e dificuldades no que tange às questões fiscais e tributárias e, ainda, apontar o que tem atrapalhado o crescimento dos setores em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo. “Nosso objetivo é o desenvolvimento de Minas Gerais. É muito importante que verifiquemos o que é possível fazer para que as empresas mineiras sejam cada vez mais competitivas”, declarou Leonardo Colombini. “Temos sempre que ser interpelados pelas entidades de classe. Muita gente acha que a Fazenda é só para cobrar impostos. Mas não é. A Fazenda é mais desenvolvimentista que muitas outras secretarias”, complementou o secretário de Estado de Fazenda.
Representando o Sindcomércio (Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços) na reunião, estavam o gerente-executivo da entidade, Dário Barbeto, e dois dos diretores, o contador e advogado João Garcia e o presidente da Consul, Matusalém Dias Sampaio. “A duplicação da BR-381 e a pavimentação da MG-760 são cruciais para que outras empresas venham para o Vale do Aço, uma vez que muitas deixam de se instalar aqui por não haver, por exemplo, canais de distribuição do que vão produzir. A região está ilhada diante das péssimas condições da BR-381 e da falta de asfaltamento da MG-760”, analisou Dário Barbeto, acrescentando que as obras nas duas rodovias são, há muito tempo, um clamor da população do Vale do Aço.

REIVINDICAÇÕES
Outra demanda levada ao secretário Leonardo Colombini foi apresentada pelo delegado do Conselho Regional de Contabilidade (CRC) de Coronel Fabriciano e Timóteo, Geraldo Eugênio de Oliveira, o “Ladico”. Conforme ele, entre os documentos que a Superintendência Regional da Fazenda de Ipatinga cobra para o processo de abertura de uma empresa estava o Certificado de Reservista e as declarações de Imposto de Renda dos sócios da firma, mesmo estas pessoas tendo mais de 50 anos. “Ficou decidido na reunião que a Administração Fazendária não irá mais exigir dos contribuintes o Certificado de Reservista e as declarações de Imposto de Renda”, revelou Ladico.
Délio Bicalho, da Associação Agropecuária e de Prestação de Serviços de Timóteo (Aciati), falou sobre o problema com o Emissor de Cupom Fiscal (ECF), que é de uso obrigatório para empresas com receita bruta anual superior a R$ 120 mil e substitui a nota fiscal série D. Atualmente o equipamento custa mais de R$ 2 mil e só pode ser usado para um CNPJ, ou seja, se a empresa tem um ECF e deixa de existir, o equipamento não poderá ser utilizado por outra empresa. “As informações contidas nos ECFs têm que ficar à disposição do fisco por 5 anos. Elas não podem ser armazenadas em outro local e, por isso, não é possível que mais de uma empresa utilize o equipamento. Estamos estudando uma maneira de melhorar isso e temos até um projeto em andamento para substituir o ECF, que seria a nota fiscal eletrônica a consumidor”, explicou o subsecretário da Receita Estadual, Gilberto Silva Ramos.

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