Cidades

“Se a cidade parar, foi a farra com o dinheiro público”, rebate

Agnaldo Bicalho: “O que nos tínhamos aqui eram repasses para oscip e consultoria, recursos que com certeza seriam desviados dos cofres públicos”, afirmou

 

IPATINGA – Após as declarações feitas pelo prefeito Robson Gomes (PPS) na tarde de ontem, a reportagem procurou o vereador e líder da bancada do PT no Legislativo, Agnaldo Bicalho, para se manifestar sobre o assunto.
O parlamentar esclareceu que nenhum projeto de lei destinando verbas para pagar estagiários, empresa de limpeza urbana e nem de parques e jardins foi protocolado na Casa.
“Não tinha no Legislativo projeto para pagar estagiário e nem quitar salários de servidores que foram demitidos. O que nos tínhamos aqui era repasse para Oscip e consultoria, recursos que com certeza seriam desviados dos cofres públicos. Se a Prefeitura parar é porque o prefeito gastou desordenadamente em 2010 e 2011. Foi a farra do dinheiro público, sendo comprovada pelas CPIs que nós fizemos”, afirmou.
Para refutar as afirmações feitas por Robson Gomes, o vereador citou alguns dos vários projetos de suplementação que receberam o aval da Casa. Na área da saúde, foi aprovada esta semana suplementação de R$ 2,1 milhões.
“Talvez os serviços vão ficar engessados porque a Prefeitura gastou mal os recursos públicos que tinha e não tem dinheiro. Agora não acontecerá por falta de aprovação da Câmara. Os contratos que tinham na Casa para votação que eram de interesse público foram aprovados”, defendeu.
O mesmo ocorreu para o pagamento de sinalização de trânsito, melhorias nas faixas de pedestre e avanço de velocidade no valor de quase R$ 3 milhões. E na área de qualificação profissional, foram R$ 2 milhões.
“Se o prefeito quiser pagar os estagiários, ele pode mandar uma suplementação para a Câmara, que terá o nosso voto favorável. O mesmo com a empresa de limpeza urbana, que não está recebendo e deveria porque presta um serviço de qualidade, ele manda a suplementação que também vai passar. O prefeito quer um cheque em branco para ele gastar Deus sabe como”, acusou.

EMENDAS
Foram feitas ao todo 52 emendas ao orçamento pelos parlamentares no valor de R$ 35 milhões. Nesse total, apenas 20% foram propostas por vereadores o PT. O restante partiu da base aliada do prefeito.
“Nos já votamos esse ano mais de R$ 20 milhões em suplementação. Demos 1% livre, ou seja, R$ 7 milhões. Tiramos R$ 35 milhões mas já devolvemos R$ 27 milhões. O prefeito queria mais R$ 80 milhões em livre remanejamento. Isso é inaceitável. Então é uma mentira porque o que ele queria até agora era 107 milhões, quando nos só mexemos em R$ 35 milhões no orçamento.
Sobre as acusações de não votar projetos de interesse da população, Agnaldo declarou que mais de 95% dos projetos do prefeito encaminhados ao Legislativo foram aprovados com voto da bancada do Partido dos Trabalhadores.
“As informações não procedem. A bancada tem votado pontualmente todos os projetos que estão na Casa. Agora os projetos que são contrários ao interesse público e que não visam ao bem da cidade, é óbvio que vamos continuar votando contrário. Fazer oposição à gestão pública dele, que é complicada e cheia de problemas, é normal nós fazermos. Mas não oposição à cidade. Estamos aqui para o bem da cidade”, finalizou.

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