Cidades

Robson diz que Câmara ‘engessou’ a Prefeitura

Robson Gomes afirmou que a máquina pública está engessada e que a bancada do PT quer instaurar o caos na cidade

 

IPATINGA – As relações entre os vereadores e a Prefeitura estão novamente estremecidas. Na tarde de ontem (16), o prefeito Robson Gomes (PPS) declarou não ter condições financeiras de manter a construção da avenida Manaim, operação tapa-buracos, contratação de estagiários, entre outras ações.
O motivo para a paralisação dos projetos do Executivo, segundo ele, é rejeição, por parte dos parlamentares, dos projetos de suplementação, além da não aprovação do percentual de 10% para remanejamento de verbas no orçamento municipal.
“A máquina pública está engessada. Não aprovada a suplementação, nós temos alguns serviços que prestamos que estão com os contratos findando no mês de março e abril. Vamos ter que encaminhar projetos individualmente por secretaria para a Câmara para que sejam apreciados ou suspender os serviços que são realizados, tais como de limpeza, jardinagem, contrato de estagiários. Não temos dinheiro, há recursos, mas sem dotação”, alegou Robson.
O procurador do município, Heyder Torre, disse que os projetos enviados ao Legislativo tinham a intenção de consertar o que os vereadores fizeram no orçamento deste ano.
“As suplementações corrigiam os erros das emendas parlamentares. Os projetos eram para pagar os contratos vigentes em 2012, e como foram derrubados, vamos suspender os serviços de tapa-buracos, ação de execução fiscal, internet rural e do Parque Ipanema, iluminação no Cemitério e em várias quadras poliesportivas, entre outros projetos”, citou o advogado.
O primeiro serviço que deve ser paralisado é o de jardinagem em áreas públicas. Heyder disse que o contrato expira em abril e não deve haver uma nova licitação para a continuidade do serviço no primeiro semestre.
“Se há conotação política, não cabe a nós responder. Mas muitas coisas deixaram de existir por causa do transtorno sofrido no orçamento. A situação beira o ridículo. Nada pode ser feito daqui para frente, estamos engessados”, afirmou o procurador.

DIÁLOGO
Depois de criticar a atitude dos parlamentares, Robson afirmou que vai buscar o consenso através do diálogo. “A Casa precisa rever sua posição, é interesse coletivo da cidade. Vamos trabalhar junto com o Legislativo para que a gente possa reverter o quadro. Por causa da queda na receita no ano passado, ficamos sem alguns serviços e isso foi difícil. Não queremos que haja isso de novo. Temos que agir com responsabilidade e sensibilidade”, ponderou.
O prefeito declarou ainda que cada ato no Legislativo contrário ao governo e às políticas públicas prejudica a cidade como um todo.
“A Câmara é constituída de 13 vereadores. Temos uma margem para trabalhar. Tenho certeza que vamos conseguir através do diálogo, que tem sido permanente, estabelecer uma relação que faça com que as pessoas revisem a posição”, disse.
A Câmara rejeitou os projetos em parte como retaliação ao Governo por não responder aos requerimentos feitos pelos vereadores da Casa, especialmente no que se trata de verbas repassadas a oscips. Perguntado por que não responde às solicitações dos parlamentares, Robson desconversou.

PERSEGUIÇÃO

O prefeito comentou ainda que está sendo perseguido pela bancada do PT. Ele declarou que os parlamentares petistas querem prejudicá-lo com a rejeição de projetos propostos pelo Executivo.
“Quero destacar que a bancada do PT, que esteve na Câmara e votou contra, quer estabelecer o caos e a política do quanto pior melhor. Estamos em um ano eleitoral, e tudo que a oposição fizer, e aí falo diretamente da bancada do PT, como tem feito várias denúncias, é para que se crie um caos e uma instabilidade”, disse

FICHA LIMPA

O prefeito disse que tem sofrido perseguição desde que assumiu a Prefeitura em 2009. E que tem feito um governo de mãos limpas.
“Não tem nenhuma condenação. Temos em torno de oito processos que estão sendo respondidos à Justiça e nos vamos dar todas as informações que forem solicitadas. Não tenho nada a esconder”, afirmou.
Em ataque direto aos vereadores do PT, Robson pediu: “avaliem o governo que eles representaram, foi uma administração com vários processos e condenações, eles se julgam no direito de tentar estabelecer o caos na cidade de Ipatinga”, disparou.
Sobre a sua possível reeleição, o prefeito declarou que vai trabalhar para que haja novamente uma polarização na eleição deste ano. “Vamos continuar a nossa obrigação até o final do mandato”, informou.

CONTAS
O parecer do Tribunal de Contas aprovado pelos vereadores examinou se os limites legais foram cumpridos pela Administração Municipal em pastas como educação, saúde, e gastos com pessoal.
De acordo com o controlador do município, José Carlos, em 2010 foram aplicados 26,5% na educação, incluindo ainda 78,73% de comprometimento desse total com o Fundeb (Fundo Nacional da Educação Básica). Na saúde, foram aplicados 23,59%, e o percentual legal é de 15% da receita.

NOTA FISCAL
Sobre a nota fiscal eletrônica, o prefeito disse que os empresários devem ficar tranquilos, pois a nova ferramenta é mais qualificada e com melhores condições.
“Estamos trabalhando para garantir que a nossa sociedade continue trabalhando. E nos correspondendo, dando a eles o suporte necessário para que o serviço continue com tranquilidade e transparência para que o comércio se fortaleza cada vez mais”, prometeu.

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