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Revisor absolve ex-deputado

O ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, no décimo quarto dia de julgamento do processo no STF   (Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou ontem (22) à tarde o julgamento do mensalão com as considerações do revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski. Ele começa votando as denúncias sobre desvio de dinheiro público, o terceiro capítulo que consta da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Logo no início da sessão, Lewandowski disse que não iria além do voto parcial do relator Joaquim Barbosa. “Não falarei de nenhum outro réu, pois, dessa forma, estaria passando o relator e, assim, ferindo o que tem no Artigo 135 do Regimento Interno [do STF]”. O ministro adiantou, no entanto, que começaria pelo item que trata dos desvios no Banco do Brasil e, não, pelos desvios na Câmara dos Deputados, como optou Barbosa.
Lewandowski endossou o voto do relator Joaquim Barbosa e votou pela condenação do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato por corrupção passiva e peculato.
Pizzolato era diretor de marketing do Banco do Brasil na época do suposto esquema, além de sindicalista e petista desde a década de 80. Ele é acusado de ter recebido R$ 326,6 mil a título de propina de Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão. Ele também é acusado de ter antecipado pagamentos a uma das agências do empresário. Além de peculato e corrupção, Pizzolato é acusado ainda de lavagem de dinheiro.
Anteontem (21), ao participar de evento no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Lewandowski disse que seu voto levaria até uma sessão e meia para ser concluído. Depois dele, votam, pela ordem de antiguidade no Tribunal, os ministros Rosa Weber; Luiz Fux; José Antônio Dias Toffoli; Cármen Lúcia; Cezar Peluso; Gilmar Mendes; Marco Aurélio Mello; Celso de Mello e Carlos Ayres Britto, o presidente do STF.
Ainda há dúvida se o ministro Cezar Peluso adiantará seu voto, falando logo após o revisor. Peluso aposenta-se compulsoriamente no dia 3 ao completar 70 anos, e sua última sessão na Corte será no próximo dia 30 de agosto.

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