Cidades

Projeto do TJMG em Ipatinga concilia e reduz conflitos

IPATINGA – Mais um instrumento para pacificação nas relações está sendo utilizado, em Ipatinga para melhorar a comunicação entre casais divorciados ou em vias de divorciar-se e seus filhos. Trata-se das oficinas de parentalidade, estimuladas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) com o objetivo de diminuir os efeitos da separação nas famílias, evitar a alienação parental e promover a paz social. A programação ocorreu em 16 e 17 de agosto. Nos dias 22 e 23 de agosto, haverá palestra sobre “Constelações Familiares”, com a mesma proposta pacificadora.

As iniciativas integram o projeto “Com viver”, que consiste na aplicação de metodologias para promoção da paz e harmonia familiar, e no acompanhamento das famílias. O programa foi idealizado pelo juiz da comarca, Otávio Pinheiro da Silva, com o apoio da equipe de atendimento psicossocial. Veja matéria sobre oficina de parentalidade promovida no fim de julho.

Segundo a assistente social e coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), Ana Lúcia Godinho Vítor, o projeto contempla de forma sistematizada cada família inscrita, durante um período de seis meses. Pais e filhos recebem tratamentos distintos, adequados à situação vivenciada pelo ex-casal e à faixa etária da criança ou adolescente.

PAZ

As palestras oferecidas seguem as diretrizes da cartilha do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O encontro se repete em dois dias, pois os ex-cônjuges ficam em turmas diferentes. Ana Lúcia Godinho conta que um pai que havia participado da Oficina sobre Comunicação Não Violenta (CNV), realizada em julho, disse que a metodologia havia ajudado muito. No dia seguinte, a ex-esposa fez o mesmo comentário. Disse ainda que os dois estavam compondo acordos que, antes das oficinas, seriam impensáveis. Diante desses depoimentos, segundo Ana Lúcia, nota-se o empoderamento das famílias na solução de questões do dia a dia e a tendência de reduzir a judicialização.

Outra assistente social da comarca, Ana Paula Pettersen Murari, comentou que todas as ações da equipe têm como objetivo o desenvolvimento da cultura da paz. “Há relatos das famílias de que esse trabalho tem gerado reflexão e mudanças significativas de atitude entre as partes”. Isso implica a melhoria da qualidade de vida dos filhos, conclui ela.

PROJETO COM VIVER

Diante da dificuldade de conciliação entre familiares, Ipatinga criou o Projeto “Com viver”. Ao procurarem o Judiciário, os casais são encaminhados ao Cejusc, que avalia a melhor forma de abordagem com as famílias. Inicialmente o atendimento é realizado por uma psicóloga.

Em seguida, as famílias são encaminhadas ao Projeto “Com viver”, momento em que cada pessoa é ouvida individualmente. O Cejusc, em parceria com a Faculdade Pitágoras de Ipatinga, oferece o acompanhamento psicológico aos familiares.

Além disso, o projeto engloba várias palestras e oficinas, sobre temas como mediação, guarda compartilhada, alienação parental, oficina de pais, oficina de filhos, comunicação não violenta, constelação familiar.

A assistente social Ana Lúcia afirma que, no período de acompanhamento, de seis meses, as famílias recebem todas as formas de apoio que a estrutura do Judiciário permite. “Sempre visamos à conciliação, à paz social e ao bem-estar das famílias”, conclui.

SERVIÇO

O Cejusc funciona no Fórum Doutora Valéria Vieira Alves, situado na Praça dos Três Poderes – Avenida Maria Jorge Selim de Sales, 170 – Centro.

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