Policia

Preso bando que assaltou rede de combustíveis Souza

(Crédito: Patricia Belo)

IPATINGA – Cinco pessoas foram presas nesta terça-feira (28) suspeitas de terem participado de um assalto que levou mais de R$ 76 mil reais em dinheiro, ocorrido no último sábado, no escritório da Rede Souza, na rua Itajubá, Centro de Ipatinga. Dos conduzidos três são homens e duas mulheres, sendo que uma das detidas faz parte do quadro de funcionários da empresa. O assalto foi registrado na manhã de sábado (25), por volta das 11:00h.

O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Manhães, conta que o assalto foi marcado pelo uso de violência. O policial conta que após o assalto, a Polícia Civil começou a investigar o caso e conseguiu chegar até os suspeitos e esclarecer a participação de cada um dos presos no crime.

“Percebemos que foi muito fácil a entrada do bandido dentro do escritório, então desconfiamos que poderia ter a participação de algum dos funcionários da empresa. Daí por diante conseguimos identificar quem foi o mandante do assalto, quem executou o crime e quem seria a funcionária que também faz parte do bando”, explicou.

EFEITO DOMINÓ
Foram presos Gláuber Augusto de Lima, de 27 anos e outras quatro pessoas que não tiveram os nomes revelados pela polícia. Manhães disse que o crime foi arquitetado por Gilmar Rosa Ferreira, que está preso no Ceresp de Ipatinga desde julho deste ano por força de mandado de prisão.

“O serviço de inteligência da polícia conseguiu as fotografias dos suspeitos e as duas vítimas reconheceram o autor do crime. Em seguida, a ação teve um efeito dominó. Fomos identificando cada envolvido, e um foi entregando o outro até chegar no Gilmar, que está preso e arquitetou todo o assalto. Fizemos campana nas casas desses envolvidos e conseguimos prender todos eles ontem”, contou.

DISSIMULADA

O delegado revela que a funcionária da empresa, uma jovem de 19 anos, foi a peça chave do assalto. Ele conta que a envolvida, que não tem passagens pela polícia, facilitou a entrada do assaltante no prédio e ainda tentou se passar por vítima para não levantar suspeita.

“Ela fez todo o teatro na hora do assalto para não levantar suspeita. Chorou, ficou nervosa, mas tudo não passou de uma encenação. Em seu depoimento ela tentou se passar por vítima para provar a veracidade do caso, mas depois acabou confessando a participação. Desconfiamos dela, pois segundo as vítimas, o autor no dia do crime ficou chamando a funcionária pelo nome até mesmo pelo apelido no diminutivo, mostrando intimidade”, relatou.

Manhães conta que a funcionária chegou a ir ao shopping para gastar parte do dinheiro roubado. “Toda ação dela foi acompanhada pela polícia. O inquérito está muito bem amarrado, sem chances para dúvidas”, acrescentou.

CONFISSÃO
Todos os envolvidos, segundo o delegado, confessaram as participações no crime. Manhães relata que a versão de cada um deles em relação ao dinheiro é mirabolante e que até o momento eles não tiveram acesso ao dinheiro.

“Eles relatam histórias fantasiosas em relação ao paradeiro do dinheiro. Alguns deles disseram que Gláuber entregou o dinheiro a uma pessoa desconhecida e que essa pessoa entregaria a parte de cada um. Sabemos que isso é mentira, pois a funcionária já estava até gastando um pouco a sua parte no shopping. E quem pratica um crime desses, não entregaria um valor alto desses nas mãos de um desconhecido”, esclareceu.

O delegado informou que parte do dinheiro roubado já foi recuperado pela Polícia Civil. Manhães conta também que Gláuber, o homem que executou toda ação sozinho, não tem passagens pela polícia. “Isso mostra que uma pessoa entra no mundo do crime por qualquer motivo. Que nem sempre alguém com uma ficha criminal expressiva é o suspeito de cometer um assalto dessa grandeza”, finalizou.

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