Cidades

Prefeitura de Ipatinga propõe centro de referência para população de rua

Encontro reuniu representantes do poder público e da sociedade civil que fazem parte do Sistema de Garantia de Direitos Humanos

IPATINGA – Uma “porta de entrada” para a retomada do convívio social e familiar por parte da população em situação de risco, com a emissão de documentos, centro de convivência, cursos profissionalizantes e acompanhamento psicossocial. Esta é a finalidade do Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro POP), cuja implantação foi uma das propostas apresentadas pela Prefeitura de Ipatinga durante o encontro denominado “Paz na Rua”, promovido pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no último final de semana, no plenário da Câmara Municipal.

O Centro POP integra a política do atual governo de Ipatinga voltada para população em situação de rua, além de ser parte fundamental do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Durante o encontro, a efetivação desta e de outras medidas foram antecipadas pelo vice-prefeito Coronel Ramalho e o secretário municipal de Assistência, Vasco Lagares, que representaram a prefeita Cecília Ferramenta nos debates.

O encontro reuniu representantes do poder público e da sociedade civil que fazem parte do Sistema de Garantia de Direitos Humanos, com o objetivo de buscar soluções conjuntas para atender a população em situação de rua. “É fato que a situação carece de soluções urgentes. Hoje trabalhamos num levantamento detalhado e na adequação da rede assistencial do município. É o primeiro passo para a implantação das políticas públicas já previstas em nosso programa de governo”, garantiu Coronel Ramalho, durante a abertura do evento, na noite de sexta-feira (18).

SITUAÇÃO COMPLEXA
Segundo levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, cerca de 350 pessoas “vivem” embaixo de marquises e pontes de Ipatinga, em condições de extrema pobreza e à margem da sociedade. Os dados foram apresentados neste sábado (19), durante o ciclo de debates no “Paz na Rua”. Mas a complexidade do problema vai além, como destaca Vasco Lagares. “Não é possível determinar objetivamente uma única causa. Rompimento de vínculos familiares e sociais, dependência química e migração são apenas alguns dos fatores principais”, pontua o secretário.

O atendimento à população em situação de rua ocorreu, nos anos anteriores, em parceria com o Projeto Videiras. “Agora o atual governo busca criar uma rede mais sólida e com ações intersetoriais para dar o suporte necessário às pessoas necessitadas”, completa o secretário Vasco Lagares. Além do Centro POP, cuja localização já está em estudo, o Serviço Especializado em Abordagem Social será reestruturado e funcionará no equipamento do Centro Especializado de Referência de Assistência Social (Creas).

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