Cidades

Prefeita pede apuração do caso Rodrigo Neto

IPATINGA – “Solicito o empenho máximo das autoridades dos Governos Federal e Estadual nas apurações referentes ao lamentável assassinato do jornalista Rodrigo Neto, ocorrido no último dia 8, pedindo também agilidade nas investigações e providências cabais para a punição rigorosa dos responsáveis.”

Com esta afirmação, a prefeita de Ipatinga, Cecília Ferramenta (PT), reiterou pedidos formais à Presidência da República, ao Ministério da Justiça, à Secretaria Nacional de Direitos Humanos, ao Governo de Minas Gerais e à Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais para interceder em favor da elucidação do caso.

“A morte de Rodrigo, executado covardemente com três tiros, espalha medo e indignação na sociedade ipatinguense e do Vale do Aço. Esse crime brutal não pode ficar impune, pois repercute em Minas Gerais, no Brasil e exterior, manchando a imagem do País em todo o mundo, em meio à violência praticada contra profissionais de imprensa”, justifica a prefeita Cecília Ferramenta.

Desde o instante em que recebeu a notícia da morte do jornalista, ainda na manhã do dia 8 passado, a prefeita acionou o deputado federal Gabriel Guimarães e, juntos, mantêm contatos permanentes com o secretário estadual de Defesa Social, Rômulo Ferraz, e a secretária nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, para pedir providências urgentes.

Nesta terça-feira (19), o caso Rodrigo Neto completa 12 dias, desde a execução do jornalista, sem que até agora nenhum responsável ou suspeito tenha sido identificado.

REPERCUSSÃO

A notícia da morte do jornalista continua tendo desdobramentos na imprensa mineira e nacional. Ontem, reportagem da Agência Estado, ligada ao Grupo Estadão, noticiou a vida da ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, a Ipatinga.

À reportagem, o deputado estadual Durval Ângelo (PT) afirmou que o sigilo decretado nas investigações “beneficia os criminosos”. “Esse sigilo é uma afronta à democracia. Tudo leva a crer que o crime foi em função das denúncias que o Rodrigo fez durante nove anos e que não foram apuradas”, avaliou.

O caso começou a ser apurado pela delegacia local, mas o inquérito foi transferido para as mãos do delegado Emerson Morais, de Belo Horizonte, enviado a Ipatinga com uma equipe de agentes por determinação do chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado, delegado Wagner Pinto. De acordo com Pinto, o trabalho de apuração teve início na manhã de sábado (16) e foram adotadas medidas que ele diz não poder revelar. O chefe do DHPP da Polícia Civil de Minas Gerais afirma que o sigilo é necessário “para não prejudicar o sucesso dos trabalhos”.

De acordo com Pinto, há “muitos suspeitos”, além de policiais, porque Rodrigo era “um repórter investigativo muito pró-ativo”. “Há denúncias de outros atritos por causa de denúncias que ele (jornalista) fez, não só contra policiais. A gente está apurando o fato. A própria investigação é que vai apontar os suspeitos”, disse à reportagem publicada no Portal A Tarde.

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