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Polícia liberta 3 envolvidas em venda de vagas para Medicina

(Crédito: Reprodução / TV Super Canal)

DA REDAÇÃO – Três dos 21 presos durante a operação Hemóstase, deflagrada na última terça-feira (3), irão responder ao processo em liberdade. Eles são suspeitos de participar de um esquema que fraudava vestibulares em faculdades de medicina do Rio de Janeiro e Minas Gerais, inclusive na cidade de Ipatinga.

Obtiveram o direito de responder em liberdade a médica Micheline Vieira Ribeiro, que atua na região de Ipatinga e Governador Valadares; a estudante de medicina da Unipac de Juiz de Fora Mirela de Souza, de 33 anos, e a médica Nathalie Franco Savino, de 30. Elas foram presas temporariamente e tiveram liberdade concedida por colaborarem com as investigações em depoimento e também porque foi comprovada menor participação delas no caso. Lorena Rocha Marques, de 22, de Caratinga, ainda continua detida temporariamente, segundo o seu advogado de defesa Max Capella Araújo. O prazo da prisão temporária terminou neste sábado.

Lorena foi apontada pela PC como uma das coordenadoras do esquema em Caratinga. De acordo com Fernando Lima, Mirela, que foi liberada, teria ingressado na Unipac de Juiz de Fora por meio de Lorena e de outros investigados. Após entrar na universidade, Mirela também teria começado a angariar clientes para os coordenadores da suposta associação criminosa.

Ainda conforme as investigações da Polícia Civil, Nathalie, que também irá responder ao processo em liberdade, teria certo grau de relacionamento com Lorena. Fernando disse que Nathalie já foi flagrada algumas vezes oferecendo contas bancárias para que Lorena efetuasse depósitos oriundos da fraude.

DEPOIMENTOS
Até a manhã de ontem (7), 16 pessoas detidas por meio de um mandado de prisão temporária haviam sido ouvidas pela Polícia Civil de Caratinga, onde o caso foi inicialmente investigado. Os outros cinco foram presos por meio de mandado de prisão preventiva e apenas um havia prestado depoimento até o fechamento desta edição.

Na última terça, quando a quadrilha foi desbaratada, a Polícia Civil apresentou um balanço dos trabalhos, oriundos de um processo investigatório que durou cerca de oito meses. Segundo a instituição, o grupo vendia vagas em cursos de medicina de várias cidades de Minas e Rio de Janeiro. Os valores cobrados pelas cadeiras variavam entre R$ 30 e R$ 150 mil e a cobrança dependia da modalidade de fraude.

O método podia ser aplicado por meio de telefone celular, ponto eletrônico, vaga direta, provas feitas por terceiros ou pela falsificação de históricos escolares. Durante a operação Hemóstase – que se refere a um procedimento médico usado para estancar uma hemorragia – além dos presos, também foram apreendidos R$ 300 mil reais em dinheiro, 25 mil dólares, documentos, celulares, pontos eletrônicos e um veículo.

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