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Polícia de Timóteo conclui investigação de homicídio

(Crédito: Reprodução)

 

TIMÓTEO – A Polícia Civil anunciou ontem (1°) a conclusão do inquérito que investigou a morte de Arilson Rodrigues da Silva, 26, assassinado a tiros em 7 de setembro passado no bairro Ana Moura, em Timóteo. Foram investigados um maior e quatro menores infratores suspeitos pelo crime.
Em diligências feitas após a execução, policiais militares obtiveram informações de que a vítima teria sido abordada por cerca de quatro indivíduos, com quem conversou brevemente e foi alvejada em seguida por quatro disparos.

DISPUTA

Conforme as investigações chefiadas pelo delegado Gilmaro Alves, a morte de Arilson estaria ligada a uma disputa de gangues de traficantes de drogas da região. Momentos antes da execução, um dos suspeitos de participar do crime havia sofrido uma tentativa de homicídio. O atentado teria sido cometido por uma arma emprestada por Arilson. A vítima da tentativa teria se juntado a comparsas para revidar o ataque e mataram o suposto dono do revólver.

TESTEMUNHAS

Foram ouvidas nove testemunhas no inquérito. Uma delas contou que almoçou com a vítima momentos antes do crime e que Arilson teria dito que iria lavar seu carro, estacionado no local onde foi encurralado.
Minutos depois, a testemunha disse ter ouvido alguém chegar para Arilson e o acusar de emprestar uma arma para que outro indivíduo atirasse contra um deles. Após, contou que ouviu disparos de arma de fogo. Ao sair de casa, a testemunha disse que viu quatro jovens armados saindo do local correndo.

PENAS BRANDAS
O inquérito também contou com os depoimentos dos quatro menores suspeitos do crime, que assumiram a autoria do homicídio. O quinto apontado como participante da execução, o maior Flaviano Mateus Manuel, negou ter matado Arilson, versão confirmada pelos adolescentes. Segundo o relatório da PC, a estratégia é fazer com que a culpa recaia apenas sobre os adolescentes, tendo em vista as penas brandas pelas quais eles poderiam ser condenados.

FICHA LONGA

De acordo com o inquérito concluído, os adolescentes possuem ficha criminal extensa na comarca de Timóteo por outros homicídios tentados e consumados. “Os referidos menores infratores por diversas vezes foram apontados como autores de crimes contra a vida praticados nesta cidade, delitos esses motivados pelo comércio ilícito de drogas por eles mantido, demonstrando claramente suas dificuldades de ressocialização sem a intervenção estatal”, afirma trecho do relatório.

Além de pedir internação dos adolescentes, o relatório indicia o investigado maior de idade por homicídio qualificado e por fornecer armas para menores de idade. Se condenado, sua pena pode ultrapassar os 30 anos de prisão.

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