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Polícia apreende armas e evita crime

Cunhado de Jhone assumiu a propriedade das armas e disse que iria vingar atentado contra esposa    (Crédito: Gizelle Ferreira)

 

FABRICIANO – Duas armas foram apreendidas na tarde de ontem (28) na rua 16, no bairro Silvio Pereira II. A Polícia Militar foi até o local cumprir um mandado de busca e apreensão na casa de Jhone Alves Romualdo, vulgo “Coxinha”, 18 anos. Na residência, foram encontrados uma pistola.40 da marca Taurus, um revólver 6.35 da marca Beretta, 16 munições de calibre 40 e mais outras três de calibre 38. As armas e munições foram encontradas na laje da casa. Jhone foi preso, acusado de ser o proprietário das armas. Além dele, R.C.S., de 24 anos, cunhado de “Coxinha”, foi conduzido porque assumiu a propriedade da pistola, revólver e munição.
Segundo a Polícia Militar, o mandado foi expedido depois que a PM conseguiu provar, por meio de denúncias anônimas, que Jhone teria comprado as armas para vingar o atentado que a irmã dele sofreu no último dia 20. Patrícia Alves Aguilar de Souza, 24 anos, foi alvejada com um tiro na barriga. No entanto, o alvo era Jhone, pois ele estaria jurado de morte por envolvimento com drogas. Patrícia estava com seu filho de meses no colo no momento em que foi atingida. Ela ainda permanece internada no Hospital Vital Brazil.
Segundo o Tenente Flávio, que comandou a operação com cerca de 10 militares, a pistola é arma de uso restrito das Forças Armadas – e inclusive é de propriedade da Polícia Militar de São Paulo. “Nesta pistola, está gravado o brasão da PM de São Paulo. O número de registro da arma foi suprimido, mas por outras características dá para identificá-la”, esclarece o policial.

VINGANÇA
Jhone negou as acusações. Ele disse que não sabe o motivo pelo qual tentaram tirar sua vida. “Nem imagino porque tentaram me matar. Não fiz nada com ninguém e não tenho medo de ser morto”, afirmou.
Já o cunhado dele assumiu com convicção que as armas foram compradas para vingar o atentado contra a esposa. “Comprei por causa disso mesmo uai. Um cara que dá tiro numa mulher com criança no colo com uma 380, tem que levar de .40. Comprei para vingar mesmo. Se eu não tivesse sido preso eu iria vingar o que fizeram com minha esposa”, afirma.
Segundo ela própria e outras testemunhas, dois homens em uma moto se aproximaram, quando o carona desceu e caminhou em direção de Jhone Alves Rômulo, disparando dois tiros contra ele. No entanto, um dos disparos acertou Patrícia.
O Tenente Flávio disse que ontem, durante a apreensão, Jhone confessou ser o dono das armas, mas por pressão da família, R. acabou assumindo as armas.

HISTÓRICO
A família de Jhone já foi vítima da violência. Em 2010, seu pai, César Alencar Romualdo, conhecido como “Cezinha”, 42 anos, foi morto a facadas na mesma casa onde Patrícia foi alvejada. Dois adolescentes, a mando de um traficante, pularam o muro de uma casa vizinha e, ao encontrar “Cezinha”, efetuaram tiros contra ele e ainda lhe desferiram vários golpes de faca.
A motivação do crime, conforme a polícia, seria o fato de a vítima ter denunciado um traficante. O crime ocorreu na frente da filha do ajudante, que na época tinha 15 anos. Durante as agressões, os autores teriam xingado “Cezinha” de “X-9”, gíria utilizada por bandidos para identificar informantes da polícia.

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