Cidades

PMI propõe 4,5% de recomposição e reajuste salarial aos servidores

Melhorias abrangem funcionários ativos e aposentados. Do índice total, 3,43% têm efeito retroativo a 1º de janeiro, devendo ser pagos numa única vez.

IPATINGA – Um dia após se reunir com representantes dos sindicatos dos servidores municipais (Sintserpi) e trabalhadores em educação (Sind-UTE), o prefeito de Ipatinga, Nardyello Rocha, anunciou em entrevista coletiva à imprensa, na tarde desta quarta-feira (10), índices de recomposição e reajuste salarial a serem concedidos às categorias. Embora a cidade ainda seja penalizada com retenções de recursos devidos pelo Estado que já somam R$ 137 milhões, estão sendo oferecidos ao funcionalismo 3,43% relativos à inflação do ano anterior, com efeito retroativo a 1º de janeiro de 2019 e, a partir de 1º de julho, um ganho real de 1,07%. Os valores, que somados alcançam 4,5%, são propostos tanto aos funcionários da ativa quanto aos aposentados.

O chefe do Executivo adiantou que os sindicatos já foram oficiados a respeito da proposta, e sua expectativa é de que ela seja bem recebida. A disposição do governo é que, logo após a resposta da categoria, o projeto de lei relativo à matéria seja encaminhado à Câmara de Vereadores. Com aprovação do plenário, o benefício entrará em vigor imediatamente após a publicação.

A coletiva contou com a participação de vários secretários municipais e vereadores da base do governo.

RETROSPECTO

Há mais de cinco anos os servidores municipais não têm ganho real nos salários. Quanto à recomposição, a última aconteceu em 2016; contudo, sem alcançar a inflação do ano anterior, que chegou a 11,27%.

O pagamento da recomposição salarial retroativa a janeiro significará a injeção de mais de R$ 5 milhões na economia local. Somando ainda o ganho real a ser concedido a partir de julho, a folha anual do funcionalismo será elevada em mais de R$ 13 milhões.

“Como por vários anos nenhum benefício foi dado às categorias, reconhecemos que as perdas se acumularam. Isso já foi objeto de conversações com os sindicatos. Porém, decidimos estancar esse processo a partir de 2019, como marco de nossa gestão, para demonstrar o quanto valorizamos e respeitamos os trabalhadores. Os números a que chegamos juntamente com nosso corpo técnico são o limite diante das dificuldades financeiras enfrentadas pelo município”.

PROFESSORES

Especificamente quanto aos professores, que têm um piso estabelecido pelo MEC, a proposta salarial da Prefeitura de Ipatinga é superior à definida pela instituição federal para o ano de 2019. O reajuste sugerido pelo Ministério é de 4,17%, e a PMI acena com 4,5%. No ano de 2016, o MEC propôs reajuste de 11,36% e os professores receberam 4,5%. Em 2017 e 2018, mesmo com inflações que, somadas, chegaram a 14,45%, a classe não teve qualquer reajuste.

DIÁLOGO PERMANENTE

Nas reuniões com representantes do Sintserpi – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ipatinga e Sind-UTE – Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, na terça-feira (9), o prefeito e líderes das categorias abordaram uma série de temas. Além da recomposição salarial, entraram em pauta o parcelamento do pagamento de férias antigas, valorização profissional, registro de ponto, horas-extras e data-base. “Já marcamos outras datas para nos encontramos e continuarmos as conversas sobre as demais demandas da categoria”, pontuou o prefeito.  

O Executivo reafirmou a sua disposição de manter diálogo permanente e frequente com os sindicalistas, uma determinação repassada também às secretarias municipais. Ele lembrou que desde que assumiu a administração, em maio de 2018, tem quitado as folhas de salários no primeiro dia útil do mês, além de retomar o pagamento das complementações dos aposentados, que representam R$ 5 milhões a mais, a cada mês.

No próximo dia 26 de julho, como já foi anunciado, o município pagará aos servidores ativos e inativos 50% do 13º salário.

SINDICALISTAS

Na terça-feira (9), o Sintserpi esteve representado na reunião com o Executivo pela presidente Marcione Menezes; os diretores Marcelo Miranda e Geraldo Campos, e a secretária-geral, Maria Aparecida Theodoro.

Pelo Sind-UTE, reuniram-se com o prefeito, no mesmo dia, a coordenadora-geral, Adebil de Brito Rocha; a diretora de Departamento de Formação, Marli Silva Cruz; a diretora de Políticas Sociais, Maria Aparecida de Lima, e o diretor de Comunicação e Cultura, Sinésio da Silva.

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