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PMDB comandará Câmara dos Deputados e Senado até 2015

Com 271 votos, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi escolhido o novo presidente da Câmara dos Deputados para o biênio 2013/2015       (Crédito: Jose Cruz/ABr)


BRASÍLIA –
Com a vitória do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a presidência da Câmara, o PMDB terá pelos próximos dois anos o comando das duas Casas do Congresso Nacional. Na última sexta-feira (1º), Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito presidente do Senado.
Com isso, o maior partido do país tem agora o primeiro, o segundo e o terceiro nomes na linha sucessória do país: Michel Temer, vice-presidente da República, Henrique Alves e Renan Calheiros respectivamente.

Com 20 senadores, o PMDB tem hoje a maior bancada no Senado. Na Câmara, a sigla tem o segundo maior número de deputados, 81 ao todo, atrás apenas do PT, que tem 87 parlamentares. À frente das duas Casas, o partido irá comandar as votações do Congresso.

No ano passado, o PMDB foi o maior vencedor das eleições municipais, com 1.041 prefeitos eleitos entre os 5.568 municípios onde houve disputa. Os peemedebistas têm ainda cinco governadores (Maranhão, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), sendo o terceiro em número de governadores, atrás do PSDB, com oito, e PSB, com seis cada.

AUTONOMIA
A nova gestão da Câmara dos Deputados, sob o comando do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deverá ser marcada pela análise e votação de projetos considerados polêmicos, como as novas regras de distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e as questões relacionadas aos vetos aos royalties do petróleo. Em seu primeiro discurso como presidente, Alves também defendeu a autonomia da Casa perante os outros poderes.

“Com todo o respeito à minha querida presidenta Dilma, presidenta eleita pelo voto popular; ao seu conjunto de governo, com ministros respeitados e nomeados; e ao Poder Judiciário, repito, ilustre no saber jurídico e em interpretar a Constituição; mas o Poder que representa o povo brasileiro na sua mais sincera legitimidade, quer queiram ou não queiram, é esta Casa. É o Poder Legislativo, é o Parlamento do Brasil.”

De acordo com Alves, “não faltará” respeito na relação com os demais Poderes. “Aos Poderes Judiciário e Executivo, não faltará o nosso respeito, mas tanto um quanto outro não se esqueçam que aqui nesta Casa só tem Parlamentar abençoado pelo voto popular deste imenso Brasil, de nossa pátria”, discursou.
Alves disse que a Casa não vai fugir do debate. “Fazer uma pauta propositiva não é apenas para discutir. Este Parlamento não foi feito para ganhar tempo, não foi feito para empurrar com a barriga nem para enrolar. Este Parlamento foi feito para discutir e votar, debater e decidir”, discursou o potiguar, que está no seu 11º mandato e é deputado federal há 42 anos.

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