(Crédito: Carlos Lima)
FABRICIANO – Durante Audiência Pública que debateu trânsito e mobilidade urbana em Coronel Fabriciano, na Câmara Municipal (CMCF), o Executivo descartou qualquer possibilidade de utilização da Praça da Estação, no centro da cidade, como estacionamento durante o dia, no horário de funcionamento do comércio local. No debate idealizado pelo vereador Professor Edem (PT), o vice-prefeito Bruno Torres (PPL) explicou os motivos defendidos pela administração municipal em querer manter exclusivamente a utilização da área ao lazer e à realização de eventos.
“Quem veio a essa Audiência tomou conhecimento das razões que levaram o Executivo a criar aquele espaço (Praça da Estação). Primeiramente, vale lembrar que aquele local funcionava como ponto de ônibus e não trazia orgulho para Coronel Fabriciano. Foi transformado em uma praça que é, sem dúvida alguma, o grande cartão postal da cidade. Em segundo lugar, também mostramos nesse encontro que o uso do tipo ‘praça-estacionamento’ é incompatível, porque quem busca uma praça, busca para si uma área de lazer, de sossego, e uma área que não pode, em hipótese alguma, estar ocupada com o trânsito de veículos”, justificou o vice-prefeito.
CONVIVÊNCIA
“Os grandes clientes do comércio fabricianense que vão ao Centro da cidade já se apoderaram da Praça da Estação como população, utilizando-a como área de lazer. Tenho certeza de que qualquer mudança na utilização daquele espaço traria um enorme malefício para a população municipal como um todo”, completou.
Professor Edem também defendeu que a área não seja utilizada como estacionamento. “Os espaços para convivência precisam permanecer e a Praça da Estação gera renda e emprego com os eventos que lá acontecem. Há eventos, por exemplo, em que a montagem de suas estruturas leva cinco dias ou até uma semana, o que inviabiliza a utilização mista do local, sem contar a fragilidade do piso daquele espaço. Isso precisa ser dito à sociedade, até como fortalecimento do debate que se criou em torno desse assunto”, esclareceu o parlamentar, que atua como relator na Comissão Especial de Transportes da CMCF.
SUGESTÕES
Bruno Torres sugeriu que “as áreas de estacionamento do Faixa Azul do município sejam destinadas exclusivamente aos clientes do comércio da cidade, e não aos profissionais liberais, comerciários, comerciantes e servidores públicos”, que, segundo ele, “deveriam estacionar seus veículos no entorno da área de Faixa Azul”. O representante do Executivo ainda destacou que, “se isso for feito, o número de vagas será suficiente”.
Representante 9ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Leonardo Augusto Borges afirmou que os municípios terão que buscar alternativas e exemplos em outras regiões que também estejam preocupadas com a falta de vagas para estacionamentos.
