Policia

PM prende acusado de matar carpinteiro no Bom Jardim

Acusado alega não se lembrar de nenhum detalhe do crime e se diz arrependido   (Crédito: Gizelle Ferreira)

 

IPATINGA – Foi preso na manhã de ontem (29) José Geraldo Brandão, o “Veiaco”, de 52 anos. Ele é o principal acusado de matar a facadas o carpinteiro José Maria de Alvarenga, 54 anos, no último domingo (27). Policiais militares encontraram o suspeito em casa, na rua Máximo Rosa Gomes, no bairro Bom Jardim, quando ele preparava o café da manhã. Segundo a PM, José Geraldo não resistiu à prisão e, apesar de não se lembrar de nada, confessou a autoria do crime. O filho dele, F.A.B., 20 anos, acusado de dar fuga ao pai, encontra-se foragido.

O CRIME

José Maria e José Geraldo eram tidos como colegas de bar. Segundo testemunhas, na tarde de domingo, “Veiaco” tomava cerveja no balcão de um bar quando a vítima chegou e foi convidada pelo suspeito a beber junto com ele. Mas José Maria teria recusado o convite e saído do bar, momento em que o acusado foi atrás da vítima e retornou com ela ao estabelecimento, lhe oferecendo uma pinga. Repentinamente, os dois teriam começado um desentendimento e José Maria saiu do bar. “Veiaco” então perseguiu a vítima e contra ela desferiu vários golpes de faca. Conta-se que após o crime “Veiaco” teria lambido a faca suja de sangue.

ARREPENDIMENTO

Na manhã de ontem, o acusado demonstrava arrependimento pelo que fez e pediu perdão aos familiares de José Maria. Sem se lembrar das cenas do crime, ele confessou a autoria e chorou. Confira a entrevista:

DIÁRIO POPULAR
– O senhor perseguiu a vítima e a esfaqueou?
JOSÉ GERALDO – Eu já tinha bebido bastante. Não me lembro de nada que aconteceu não. Eu assustei com os gritos e saí doido.
DP – O senhor lambeu a faca como disseram?
JOSÉ GERALDO – Olha, se eu fiz isso, eu não lembro também não.
DP – Dizem que vocês eram colegas de bar. Tinham alguma desavença?
JOSÉ GERALDO – A gente sempre bebia junto. Eu nem sei também porque foi que começamos a discutir. Porque quando eu fico meio bêbado, começo a falar as coisas e depois não sei o que falei. Eu sei que bebemos juntos neste dia.
DP – O senhor nem imagina como ocorreu o crime ou por que matou?
JOSÉ GERALDO – Até agora eu estou procurando resposta. Não entendi até agora o que aconteceu, porque a gente nunca discutiu.
DP – Onde e como foi que o senhor arranjou a faca?
JOSÉ GERALDO – Eu acredito que eu devo ter voltado em casa e pego a faca. Eu não sei. Não lembro.
DP – O senhor sabia que estava sendo procurado. Por que resolveu voltar para casa?
JOSÉ GERALDO – Porque não adianta correr. Uma hora tinha que apresentar. Eu acabei de chegar em casa e a polícia apareceu. Não fiquei cinco minutos em casa.
DP – O senhor está arrependido?
JOSÉ GERALDO – Muito. Eu peço à família que me perdoe. Porque eu mesma não sei o que eu fiz.

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