Cidades

Plano Diretor do Vale do Aço deverá ficar pronto em 18 meses

Thales Rezende, eleito presidente da Assembleia Metropolitana e também do Conselho Deliberativo, durante reunião na Agência     (Crédito: Custódio Ribeiro)


IPATINGA
– Foi apresentado nesta segunda-feira (4) o projeto de construção do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) para a Região Metropolitana do Vale do Aço, bem como o seu cronograma de execução. O documento irá delimitar as principais políticas públicas e realizar um planejamento de ações em diversos eixos para os próximos 20 anos nas quatro cidades da região: Ipatinga, Timóteo, Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso. Representantes dos quatro municípios estiveram presentes ao evento e receberam explicações sobre o projeto.

A elaboração do PDDI ficará a cargo do Centro Universitário do Leste de Minas (Unileste). Segundo a Secretaria de Estado de Gestão Metropolitana, a instituição teria feito a melhor proposta técnica e também financeira – o custo do estudo será de mais de R$ 2 milhões, a serem desembolsados pelo Governo do Estado.

De acordo o reitor do Unileste, Genésio Zeferino, as diretrizes do plano já estão pré-definidas e há uma legislação que define a necessidade de participação da sociedade e do poder público constituído. “Faz parte do processo de construção do Plano Diretor, ouvir esses diversos atores da comunidade através de oficinas, de fóruns, de apresentações em que a sociedade possa opinar sobre o conteúdo do documento”, explicou.

OPORTUNIDADES
Para a elaboração do PDDI, serão contemplados diversos eixos temáticos como o econômico, o de desenvolvimento social e de mobilidade urbana. Para o levantamento das demandas específicas, será destacado um coordenador que terá sua equipe própria, formada por técnicos. Este coordenador deverá ser um professor do Centro Universitário especializado na área e com habilitação técnica. O reitor Genésio Zeferino explicou que entre os membros da equipe poderão participar estagiários, gerando oportunidades para os estudantes.

A construção do Plano deverá durar um ano e meio, segundo o cronograma apresentando ontem. Ao final desse período será entregue um relatório e também um sumário executivo contendo as propostas elaboradas, que necessitarão de aprovação por parte da Assembléia Metropolitana e também do Conselho Deliberativo Metropolitano. A execução PDDI será feita pela Secretaria de Estado de Gestão Metropolitana.

Mesmo se tratando de um projeto encomendado pelo Governo Estadual, o PDDI deverá ser feito em consonância com os planos diretores de cada município, conforme afirmou Genésio Zeferino: “o PDDI não passa por cima dos planos e programas já existentes nos municípios da região”, afirmou o reitor do Unileste. Ipatinga, por exemplo, teve o seu projeto paralisado devido a ações na Justiça que questionam pontos em seu desenvolvimento. Já em Coronel Fabriciano, a Câmara de Vereadores aprovou seu Plano Diretor no final do ano passado e caminha para início da execução das diretrizes.


Órgãos metropolitanos elegem seus membros
Ipatinga –
Ainda nesta segunda-feira, foram eleitos os membros das mesas diretoras da Assembleia Metropolitana do Vale do Aço e também do Conselho Deliberativo Metropolitano. Os dois órgãos possuem, entre outras, a finalidade de gerir políticas públicas para a Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA).

Para as duas mesas diretoras, foi eleito o mesmo presidente: o então diretor geral da Agência de Desenvolvimento Metropolitano do Vale do Aço, Thales Rezende Coelho. Já para a vice-presidência da Assembléia Metropolitana, foi escolhido o prefeito de Timóteo, Keisson Drumond (PT). A prefeita de Ipatinga, a também petista Cecília Ferramenta, ficou com o cargo de 1ª secretária. No Conselho Deliberativo, o vice-presidente eleito foi Flaviano Gaggiato, representante da Federação das Indústrias do Estado (Fiemg).

Os eleitos defenderam, em comum, que a Agência Metropolitana deve ser um instrumento para a integração dos municípios do Vale do Aço. De acordo com Bruno Torres (PPL), vice-prefeito de Coronel Fabriciano e eleito 2º secretário do Conselho, é preciso que sejam corrigidas as desigualdades entre as cidades. “Os municípios precisaram caminhar unidos, de forma consensual”, avaliou. Já Keisson afirma que a RMVA deve ser organizada com assuntos temáticos que tenham como objetivo final a qualidade de vida da população.

O mandato da mesa diretora nos dois órgãos tem duração de dois anos e, entre os eleitos, há representantes dos Executivos Municipais, Governo do Estado, sociedade civil e Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Você também pode gostar

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com