Cidades

Pimenta da Veiga nega retirada da candidatura

Pimenta da Veiga, sobre o mensalão: “Os adversários vão continuar, preocupados como estão, a levantar infâmias, calúnias, difamações”

IPATINGA –
O pré-candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, esteve ontem em Ipatinga, onde participou de encontro na Associação dos Aposentados e concedeu entrevista coletiva à imprensa. Acompanhado do deputado federal Alexandre Silveira e do pré-candidato a deputado estadual Luiz Carlos Miranda, Pimenta da Veiga rechaçou a hipótese de retirada de sua candidatura, desgastada com as denúncias de envolvimento no mensalão e com o publicitário Marcos Valério.

Indagado sobre a possibilidade de substituição de seu nome, ele foi taxativo: “Imagina! Isso é o adversário que fica falando para nos criar dificuldades. Minha candidatura está mais firme do que nunca. Vamos até o fim e não há absolutamente nada que me impeça de fazer esta caminhada. Os adversários vão continuar preocupados como estão, a levantar infâmias, calúnias, difamações. Mas isso é do jogo e saberemos enfrentar tudo”, afirmou.

DIVISOR DE ÁGUAS
Durante seu discurso, Pimenta da Veiga teceu duras críticas ao governo federal. “A Petrobras saiu das páginas de economia para as de polícia”, disse ele depois de indagar a platéia de aposentados se eles concordavam com o que estava acontecendo com a estatal do petróleo. Disse ainda que Minas Gerais está abandonada pelo governo federal e que a inflação e a crise na infraestrutura e no setor energético deixam o País à beira de um colapso. “Não sabemos se amanhã vai faltar luz, se teremos um apagão”, disse.

Segundo Pimenta da Veiga a próxima eleição será histórica. “Será um divisor de águas: ou continua como está aí ou mudamos para um tempo novo. Minas está inundada de otimismo e aqui vamos dar uma vitória histórica ao senador Aécio Neves, nosso pré-candidato à presidência da República. Aqui vamos ter uma diferença de 4 milhões de votos e se em SP vencermos por qualquer diferença, o nome do novo presidente da República é Aécio Neves”, previu.

EDUCAÇÃO
Pimenta da Veiga insistiu na defesa da educação – um dos pontos frágeis do governo do PSDB – como principal item de seu programa de governo. “A educação deve ser uma referência internacional. Vou buscar obsessivamente fazer em Minas Gerais a melhor educação do Brasil. As comunidades vão se diferenciar entre aquelas que conseguem criar caminhos novos, e as demais”, resumiu.

“O que nós queremos é uma parceria com os educadores. A escola, o ensino, os educadores vão ser a prioridade. Com a parceria com os professores nós vamos fazer uma revolução na educação”, insistiu.

SEGURANÇA

Outro ponto que Pimenta da Veiga destacou foi a segurança, que, segundo ele, precisa de duas coisas: a primeira é uma parceria com o governo federal e a segunda o policiamento ostensivo. “A criminalidade vem fundamentalmente do tráfico de drogas e de armas e as nossas fronteiras hoje são como queijo suíço: passa tudo, são cheias de buracos. Então, é preciso uma ação do governo federal em relação às fronteiras e uma ação do policiamento ostensivo do governo do estado, que será feita”.

PACTO FEDERATIVO

Pimenta da Veiga criticou ainda a política tributária, que considera mal distribuída. “Hoje, o governo federal fica com mais de 70% das rendas públicas, isso não é justo. O cidadão mora no município, é aqui que existe a demanda e que precisa ser atendida. Portanto, o que precisamos fazer é mudar o pacto federativo para que as rendas sejam melhor distribuídas. O governo do estado reforçará as parcerias que foram iniciadas no governo de Aécio e Anastasia com grande sucesso. Os prefeitos terão sempre a parceria e a solidariedade do governo de Minas”, prometeu.


Um grande número de correligionários compareceu à Associação dos Aposentados para ouvir o candidato tucano

Silveira ainda espera PMDB e defende o candidato ao governo

DIÁRIO POPULAR – Deputado, está descartada a vinda do PMDB para a campanha de Pimenta da Veiga?
ALEXANDRE SILVEIRA – Não. Entendo que a política é muito dinâmica. As convenções têm o período legal, que vai de 10 a 30 de junho, e até lá tudo pode acontecer. Inclusive e, principalmente, pelo crescimento do senador Aécio Neves, o que torna altamente atrativo o nosso palanque em Minas Gerais. O PMDB é um partido pragmático, está fazendo esta análise e será muito bem vindo se quiser compor esta aliança que, sem dúvida nenhuma, será uma aliança para transformar o Brasil, melhorar a qualidade de vida de nossa gente, mas, principalmente, resgatar com os mineiros uma dívida enorme que há do governo federal, na saúde, na educação, na infraestrutura; exemplo disso é a duplicação da BR 381.

DIÁRIO POPULAR – A candidatura do senhor a vice-senador da República está garantida?
SILVEIRA – O período convencional é que define oficialmente estas questões. Me enobrece muito, me envaidece muito – do ponto de vista positivo – ser convidado por aquele que é reconhecido fora de Minas Gerais como o maior gestor público da história do País, e o mais probo homem público que já passou por aqui, que é o futuro senador Anastasia.
Mas, continuo como representante de nossa gente, como representante dos mineiros, em especial dos mineiros do Leste, trabalhando a fim trazer resultados e melhores dias para o povo do Vale do Aço.

DIÁRIO POPULAR – Envolvimento de Pimenta da Veiga com o mensalão não abala a candidatura do PSDB em Minas?
SILVEIRA – A biografia deste homem público de mais de 40 anos de caminhada, determinado sempre a servir nossa gente, ministro, deputado federal por várias vezes, prefeito de BH, é intocável. E se há hoje uma reação à sua candidatura por parte de nossos adversários é porque eles estão temerosos de que Minas continue no caminho certo, no caminho da gestão pública eficiente, no caminho da moral e da ética.

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