BELO ORIENTE – O prefeito do município, Pietro Chaves (PDT), disse na tarde de ontem (8) que se assustou com os primeiros levantamentos da “dívida real” deixada pelo antecessor Humberto Lopes (PT). A expectativa inicial da equipe do novo governo era de encontrar cerca de R$ 10 milhões em dívidas, mas o montante final deverá ser bem maior, pois em menos de uma semana de levantamentos os números ultrapassam os R$ 13 milhões. Diante disso foi decretado estado de “Situação de Emergência Administrativo-Financeira” por 90 dias. O objetivo é fazer uma análise criteriosa das despesas empenhadas, liquidadas e inseridas na conta “restos a pagar” para o exercício financeiro de 2103. Pietro informou que só em contas atrasadas da Cemig a Prefeitura deve mais de R$ 1,6 milhão.
Segundo o prefeito, uma das primeiras medidas foi determinar ao setor financeiro o levantamento de todos os débitos, o que deverá ser concluído em aproximadamente 30 dias. Paralelo a isso, a prefeitura vai implantar um rigoroso “sistema de economia”, para cumprir compromissos prioritários, como por exemplo, o pagamento das folhas de pessoal atrasadas.
“Em menos de uma semana os levantamentos preliminares já mostram que a dívida é superior aos R$ 10 milhões denunciados, numa verdadeira montanha de empenhos. Os secretários me informaram que o valor já ultrapassou os R$ 13 milhões, numa situação preocupante que, confesso, me deixou assustado”, comentou Pietro, lembrando que entregou a prefeitura para Humberto “sem dívidas e com mais de R$ 1,2 milhão em caixa”.
Para o prefeito, a hora é de planejar com eficiência para se chegar aos resultados há muito reclamados pela população. Disse que não ficará lamentando a situação, mas que, “como quem vai pagar esta dívida é o povo”, é importante que a população seja sempre informada da real situação financeira da prefeitura. “A experiência que tivemos anteriormente me faz concluir que os primeiros meses serão penosos. Haverá muitas dificuldades, mas com o empenho de todo o secretariado e dos servidores, acreditamos que superaremos os problemas e colocaremos Belo Oriente de volta aos trilhos”, finalizou, ao lado dos secretários Wagner de Oliveira Guimarães (Governo), Líliam de Lima Carvalho dos Anjos (Fazenda) e Cléber Ribeiro (Controladoria).
