Cultura

Pescadores esportivos criam o Viva Rio Doce

DA REDAÇÃO – O projeto Viva Rio Doce nasceu logo depois que as consequências do desastre ambiental envolvendo a mineradora Samarco e o Rio Doce começaram a ficar evidentes. Entre o choque e o senso de responsabilidade, um grupo de pescadores esportivos teve a ideia de reunir pessoas, entidades, competências, infraestrutura e dinheiro em um esforço único para repovoar a Bacia do Rio Doce, por meio da criação e alocação planejada das espécies típicas da bacia.

“A ideia é recolher matrizes nos afluentes que não foram afetados pelos rejeitos (existem vários deles), reproduzir e devolver os peixes à bacia. A intenção é que essas populações gradualmente encontrem condições de vida no próprio Rio Doce, e assim se desloquem desses afluentes “berçário” para o grande rio na medida em que suas águas forem se recuperando”, explica o empresário e pescador esportivo Alexandre Estanislau, um dos idealizadores do projeto. Isso tudo leva bastante tempo, precisa de muita ajuda, muita técnica e muita estrutura. Por isso, está sendo criada uma plataforma de crowdfunding para o projeto. Em paralelo, o “Viva Rio Doce” vai levantar as competências necessárias e criar as condições adequadas para a aplicação dos recursos.

FUNCIONAMENTO
Existem alguns afluentes da Bacia do Rio Doce que não foram afetados pelos rejeitos de minério. “Nossa ideia é resgatar os peixes destes locais, reproduzir em cativeiro e repovoar os afluentes novamente. Estamos atuando em parceria com a Fazenda Paraná, que faz este trabalho para a Bacia do São Francisco e vai nos ajudar com uma consultoria e três biólogos especialistas em ictiofauna que já trabalharam na bacia do Doce”, completa Freddy Freiha, professor de educação física e pescador esportivo.

“Talvez as coisas não aconteçam tão rápido quanto a ação humana comprometeu a vida naquela região, mas, com certeza, vão acontecer com a mesma força ou maior ainda. Tudo para que a visão de um rio que corre cheio de vida não seja só uma lembrança”, completa Alexandre Estanislau.



Rio Carmo foi destruído pela avalanche de lama

 

Cidades atingidas por desastre têm prazo do ICMS prorrogado
DA REDAÇÃO –
A Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais prorroga o prazo para que 35 municípios atingidos pelo rompimento da barragem em Mariana encaminhem a documentação relativa ao programa ICMS Patrimônio Cultural, exercício 2017. Com a medida, as cidades vão ter até o dia 5 de fevereiro de 2016 para enviar os documentos.

O prazo inicial, 9 de dezembro deste ano, continua valendo para os demais municípios do estado. Os municípios beneficiados pela medida são: Aimorés, Alpercata, Barra Longa, Belo Oriente, Bom Jesus do Galho, Bugre, Caratinga, Conselheiro Pena, Córrego Novo, Dionísio, Fernandes Tourinho, Galiléia, Governador Valadares, Iapu, Ipaba, Ipatinga, Itueta, Mariana, Mariléria, Naque, Periquito, Pingo D´Agua, Raul Soares, Resplendor, Rio Casca, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, Santana do Paraíso, São Domingos do Prata, São José do Goiabal, São Pedro dos Ferros, Sem Peixe, Sobrália, Timóteo e Tumiritinga.

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