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PEC Anastasia obriga União a dividir receitas com municípios

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BRASÍLIA – O senador Antonio Anastasia (PSDB/MG) quer desestimular a criação de novos impostos por parte do Governo Federal no Brasil. Nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC 109/2015) estabelece que, se conseguir instituir nova cobrança, a União terá que dividir os recursos com os Municípios, percentual de ao menos 20%. Nesta quarta-feira (3) a presidente Dilma Rousseff deu entrevista afirmou em entrevista não descartar a criação de ‘novas fontes de receita’.

“Qualquer proposta nesse sentido terá o combate vigoroso da oposição. O brasileiro não aguenta mais tanto imposto. A proposta que apresentei prevê que, se o Governo conseguir passar no Congresso qualquer novo imposto, ele terá que ser dividido com os Municípios. A aprovação dessa PEC, por si só, deve desestimular a tentativa de cobrar do cidadão o preço da crise”, afirmou o senador.

PACTO
A proposta de Anastasia vai ao encontro ainda daquilo que ele sempre defendeu durante sua carreira política, a descentralização administrativa e de recursos, com a revisão do Pacto Federativo no Brasil. Hoje, 68% dos tributos recolhidos vão direto para o Governo Federal. Na partilha, a União fica com 58%, os Estados com 24% e os Municípios com 18%. “É justamente nos Municípios que pipocam as demandas sociais. E são eles quem menos ganham hoje do bolo tributário. Isso está errado”, enfatiza o senador.

ISONOMIA
Outras duas propostas sobre assuntos tributários que envolvem diretamente as finanças municipais são relatadas por Anastasia com parecer pronto para votação.

“Uma federação pressupõe independência administrativa, financeira e decisória para os entes federativos. No Brasil, após a Constituição de 1988, os Municípios passaram a ser partes integrantes da federação, mas, se carecem de recursos até para se autossustentarem, mais carentes ainda são para estabelecerem suas próprias prioridades. A presente proposta, ainda que não resolva o problema financeiro dos Municípios, pelo menos garante maior isonomia caso a União insista na criação de novo imposto”, conclui Anastasia.

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