Policia

PC indicia dezessete pessoas em operação “Cachoeira”

(Foto: Organograma – Divulgação PC)

 

TIMÓTEO – A Polícia Civil de Timóteo concluiu o inquérito da operação “Cachoeira” e indiciou dezessete pessoas por tráfico de drogas, associação ao tráfico, corrupção de menores e falsificação de documentos. Cinco pessoas irão responder ao processo em liberdade, nove já se encontram presas e outras três permanecem foragidas.

O inquérito policial, um calhamaço de aproximadamente 1.500 páginas, foi remetido ao Ministério Público, e traz em detalhes um forte esquema de tráfico de drogas no distrito de Cachoeira do Vale. As investigações começaram há cerca de seis meses. No período de monitoramento, os policiais civis conseguiram também identificar uma ramificação da quadrilha nos bairros Ana Rita, em Timóteo, e Giovanini, em Coronel Fabriciano.

ORGANOGRAMA
Para entender melhor o esquema do tráfico, o delegado Gilmaro Alves, responsável pelas investigações e conclusão do inquérito, elaborou um organograma com as fotos dos principais envolvidos no esquema.
Na ponta do organograma, está Rafael Lagares Soares, o “Rafa”, principal fornecedor de entorpecentes. As investigações apontaram que ele fornecia as drogas para Erick da Silva Viana, o “Guga”, tido como chefe da quadrilha.

Este, por sua vez, repassava os entorpecentes para Rafael Figueiredo Junior, o “Bill”, responsável pela comercialização e “correria” das drogas. A polícia descobriu que Erick possui um alto padrão de vida, resultado do tráfico de drogas. Para controlar os “negócios”, “Guga” tinha como braço direito, Guilherme Costa Alves, responsável por guardar as drogas e aliciar menores que serviam de “espiões” do tráfico, também responsáveis por assumir a propriedade dos entorpecentes caso o esquema fosse descoberto. Erick ainda possuía uma extensa lista de revendedores, que aparecem ao final do organograma.

Além dos principais “cabeças” da quadrilha, segundo a polícia, outros suspeitos como Deivdson Bruno, Henrique Martins e Vivianderson Silveiro Rodrigues, possuíam relação de direta com “Guga” e “Rafa”, mas preferiam comercializar diretamente os entorpecentes sem criar vínculo com outros revendedores.

OPERAÇÃO CACHOEIRA
Depois de investigações, a Polícia Civil realizou uma operação no dia 17 de janeiro. Na ocasião, nove pessoas foram presas, entre elas “Guga” e seu braço direito, Guilherme da Costa Alves. Uma mulher, acusada de ser integrante da quadrilha, foi presa em um hospital enquanto visitava a mãe doente.
Foram apreendidas 19 pedras de crack, doze porções de maconha, aproximadamente R$ 800 em dinheiro, uma arma, vários celulares e um cofre encontrado na casa de Rafael Lagares, considerado foragido da justiça.

PEPITAS
Ao abrir o cofre, a Polícia Civil encontrou ouro fundido, uma aliança e um anel de criança. Com isso, a PC identificou uma nova artimanha usada pelos traficantes para burlar a polícia. Com o ouro derretido, seria praticamente impossível identificar o verdadeiro proprietário das jóias, caso fossem recuperadas pela polícia, o que evitaria o estado de flagrante.

O dono de uma relojoaria em Coronel Fabriciano, M.M.L., também foi indiciado. Após requerer na polícia os objetos encontrados no cofre, o homem passou a ser suspeito e acabou confessando que recebeu R$ 600 de Rafael Lagares para derreter e transformar algumas jóias em anel infantil e uma aliança, além de pepitas. Ele ainda emitiu um recibo de compra e venda para ajudar Lagares.

LAGARES
Rafael Lagares Soares, o “Rafa”, 29 anos, é procurado pela polícia. Ele já foi preso pelo mesmo crime em 30 de abril de 2009. Na ocasião, foram apreendidos com ele cerca de quatro quilos de pasta base de cocaína prontos para o consumo, localizados no guarda roupas de sua residência, no bairro Ideal, em Ipatinga.


Entre os foragidos está o principal fornecedor de drogas, Rafael Lagares    
  (Crédito: Divulgação PC)

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