Policia

PC esclarece assassinato de vigilante

Polícia Civil aponta duas pessoas como sendo autores de assassinato

 

IPATINGA – A Polícia Civil apresentou formalmente na tarde de ontem (27) à imprensa os principais acusados de matar a tiros o vigilante da Cenibra, Admilton Lopes de Faria, 52 anos. Ramon Kenned Almeida Oliveira, 19 anos, e Jorge Gonçalves de Almeida, 22 anos, foram presos pela Polícia Civil na semana passada como sendo autor e co-autor, respectivamente, do homicídio.
Segundo consta do inquérito policial, Ramon teria chamado Jorge, conhecido como Jorginho, para furtarem a arma do vigilante no último dia 19. A PC não tem dúvidas de que os autores sejam realmente os dois rapazes, porque já obtiveram a confissão de “Jorginho” e as armas (tanto a dos autores como a do vigilante) foram encontradas na casa de Ramon. “O Jorge confessou a autoria do delito com riqueza de detalhes e ele contou estar arrependido. E eu acredito que ele realmente estava arrependido, tanto que ele chorava copiosamente diante dos familiares”, disse o delegado regional João Xingó.

TERCEIRO
Um dos principais objetivos de a Polícia Civil ter convocado a imprensa na tarde de ontem é para esclarecer a possível participação de um terceiro envolvido na trama. É que na última quinta-feira (23), a Polícia Militar prendeu um rapaz de 21 anos, em Ipaba, que confessou ter participado do latrocínio (roubo seguido de morte). 
De acordo com a ocorrência da PM, ele foi detido enquanto transitava com uma réplica de uma pistola, ameaçando pessoas. Ele ainda vestia um uniforme de segurança e colete da Cenibra. Com ele foram encontrados produtos de procedência duvidosa.
O rapaz foi arrolado no Boletim de Ocorrência da PM como sendo um dos suspeitos de ter matado Ademilton, porque, segundo os militares, houve uma denúncia anônima informando que ele teria participado do assassinato. Ele chegou a confessar sua participação e disse que foi chamado pelo Ramon, residente em Ipaba, para praticar de um roubo no escritório da Cenibra.
O acusado disse no BO que sua participação no crime foi chamar o segurança no portão enquanto Ramon o surpreendeu por trás. “Se o colete e o uniforme que estava com o terceiro acusado fosse do vigilante morto, aí tudo bem. Tanto que o uniforme do vigilante não foi levado no dia do crime. O terceiro acusado então, veio até nós hoje (sexta), junto com defensor público, e disse que não tem nada a ver e que foi obrigado por um amigo a dizer tudo”, disse o delegado, acrescentando acreditar que o apontado apresenta problemas mentais. “Já pedi até que ele seja submetido a exames psiquiátricos”, afirma.
O terceiro suspeito foi liberado após ser ouvido pela polícia.

RECEPTAÇÃO
O tenente Lázaro, responsável pelo Polícia Militar do Ipaba, esclareceu à reportagem que o acusado foi preso por receptação de produtos furtados. “Fizemos o BO de acordo com o que ele falou para a gente e porque durante a ocorrência recebemos uma ligação anônima falando que ele tinha envolvimento com o crime. A PM não prendeu ele por causa do latrocínio e sim porque ele estava com produtos furtados. Mas levamos todas as informações para a Polícia Civil. Se apuração da PC afirma que ele não participou do latrocínio, aí já não é com a gente. Fizemos a nossa parte”, disse o tenente Lázaro.

CONFISSÕES

Até a semana passada, quando Ramon e Jorge foram presos, apenas o segundo havia confessado o crime. Já na tarde de ontem, Ramon contou como praticou o homicídio, e se defendeu, alegando que cometeu o assassinato porque tem problemas mentais. “Eu tenho problema de cabeça, eu acho. É o mais certo. Sou um jovem muito estranho, eu mesmo acho isso. Eu tenho é que fazer um exame o mais rápido possível. Desde pequeno eu tenho problema, até meu pai já mandou fazer o exame”, justifica.
Jorge, acusado de ser co-autor no crime, se manteve de cabeça baixa o tempo todo, e apesar de ter confessado para a polícia que participou da trama, ele não falou quase nada sobre o crime. “Eu só fiquei de fora olhando”, afirma.
Os dois principais acusados estão detidos no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp). A Polícia Civil prometeu que ainda esta semana irá fazer a reconstituição do crime.

O CRIME
O corpo foi encontrado na entrada principal do distrito de Boachá, próximo de um escritório da Cenibra, no último dia 19. Ele continha perfurações de tiro na cabeça.

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