Policia

PC conclui caso Rodrigo Neto e encerra outros oito inquéritos

Representantes da imprensa mineira e integrantes da cúpula da Polícia Civil durante a coletiva     (Crédito: DP)

IPATINGA – A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou, nesta terça-feira (23), a apuração de nove inquéritos sobre homicídios ocorridos em Ipatinga e em outras cidades do Vale do Aço, incluindo o caso do jornalista Rodrigo Neto Faria e do fotógrafo Walgney de Assis Carvalho. A investigação é de responsabilidade da força-tarefa, criada em abril deste ano, composta por quatro delegados, três escrivães e 12 investigadores. Ao apresentar o resultado das investigações, os delegados da força-tarefa e da cúpula da Polícia Civil de Minas Gerais, na verdade, desvendam a existência de um grupo de extermínio que agia impunemente no Vale do Aço, composto por policiais civis, militares e paramilitares.

PUNIÇÃO

Durante a entrevista coletiva de imprensa, as autoridades reafirmaram que as investigações vão continuar até que se apure o mandante do assassinato de Rodrigo Neto e o envolvimento de outras pessoas na série de crimes. A punição de autoridades policiais que, por omissão ou envolvimento direto, deixaram que os crimes ocorressem impunemente também não foi descartada pelo delegado Wagner Pinto.

Além do Caso Rodrigo Neto e do assassinato do fotojornalista Walgney de Assis Carvalho foram reabertos nove inquéritos que apuraram a autoria do assassinato de 14 pessoas, tendo os crimes ocorrido entre 2007 e 2013, em Ipatinga e municípios vizinhos. Eles resultaram no indiciamento de 16 pessoas por homicídio, incluindo entre elas seis policiais civis e três militares. Outras três pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

RODRIGO

O jornalista Rodrigo Neto Faria foi morto com três tiros, na madrugada de 8 de março de 2013, no bairro Canaã, em Ipatinga. Pouco mais um mês depois, no dia 14 de abril, o fotógrafo Walgney Assis de Carvalho também foi morto a tiros, em um pesque e pague da cidade de Coronel Fabriciano. As investigações resultaram no indiciamento de Alessandro Neves Augusto, conhecido como Pitote, pelas duas mortes. No assassinato de Rodrigo Neto, ele agiu com a ajuda do policial civil Lúcio Lírio Leal.

COMPLEXIDADE
Ao abrir a entrevista coletiva nesta terça-feira, o Chefe da Polícia Civil, delegado Cylton Brandão, lembrou a complexidade das investigações e elogiou o trabalho realizado sob a coordenação do Departamento de Investigação de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Ele informou que os desdobramentos dos inquéritos certamente resultarão em procedimentos administrativos contra os policiais envolvidos e ainda contra outros que, eventualmente, forem implicados nos casos em apuração.

CONTINUIDADE

O chefe do DHPP, delegado Wagner Pinto, assegurou que outros cinco inquéritos continuam em andamento e que o trabalho da Força Tarefa Ipatinga continua, com o apoio da equipe da Delegacia Regional de Ipatinga. Os delegados Emerson Morais, Delmes Rodrigues e Alessandra Wilke, que presidiram os nove inquéritos apresentados, forneceram detalhes da investigação aos jornalistas, ressaltando o apoio do Serviço de Inteligência e do Instituto de Criminalística da Polícia Civil.


Os delegados que integraram a força-tarefa, Alessandra Wilke, Delmes Rodrigues e Emerson Morais,
apresentaram os resultados


O chefe da Polícia Civil, delegado Cylton Brandão, e o delegado Wagner Pinto

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