FABRICIANO – Um pai presenciou a execução do próprio filho na noite desta terça-feira (26), no bairro Nossa Senhora da Penha, em Coronel Fabriciano. Paulo Henrique de Souza Freitas, o “Cebola”, 17 anos, subia pela rua José Antônio de Souza, indo para casa, quando foi baleado nas costas por um indivíduo.
José Francisco de Souza Freitas, pai do jovem, é a principal testemunha ocular do crime. Ele viu quando o filho foi baleado e correu para socorrê-lo. O homem conta que ainda pegou o filho nos braços antes mesmo dele cair. “Quando eu vi aquilo, eu gritei: meu filho! Já desci cortando caminho e ainda o peguei em pé sangrando muito pela boca. O tiro foi fatal mesmo”, relata.
Antes de ser assassinado, Paulo Henrique estava conversando com uma garota em uma esquina, de um ângulo em que o pai conseguia ver o filho. “E esse indivíduo, segundo eu fiquei sabendo, estava aqui em outra rua despistando numa areia e quando meu menino estava praticamente dentro de casa, esse camarada veio de surdina por trás dele dando os tiros”, disse. Durante diligências, houve informações anônimas que pelo menos três pessoas estariam envolvidas no crime, mas nenhuma delas foi localizada.
ARMAS
Os militares da 178ª Cia encontraram no celular de Paulo Henrique várias fotos dele empunhando dois revólveres e uma pistola .635. O local das fotos foi reconhecido como sendo a residência de Y.M.S., 20 anos, na rua Intendente Gravatá, Centro de Fabriciano. Militares deslocaram até o local e fizeram o cerco na casa do suspeito.
O delegado João Luiz Martins Barbosa conversou com o rapaz, que permitiu espontaneamente a entrada dos policiais e ainda mostrou onde as armas estavam guardadas. Y.M. disse que os revólveres eram da vítima do homicídio, Paulo Henrique. As armas estavam escondidas dentro de um sofá.
