Policia

Operação Quimera prende 21 pessoas por crimes contra mineradoras de ouro

BH – A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, na manhã desta quarta-feira (4), a operação Quimera, que resultou na prisão de 21 pessoas integrantes de uma organização criminosa que praticava, há anos, crimes contra mineradoras de ouro. Foram também cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em Santa Bárbara, Belo Horizonte, Barão de Cocais e João Monlevade. Três pessoas estão foragidas.

Na operação, foram apreendidos uma sacola com dezenas de pepitas de ouro com teor estimado de 90 a 95% de pureza, R$40.000 em espécie, rádios comunicadores, 23 veículos, dois detectores de ouro, substâncias e equipamentos utilizados no processo de apuração de ouro. Foi decretado, ainda, bloqueio de bens e valores dos investigados.

Os presos foram encaminhados para o Sistema Prisional, onde já se encontram à disposição da Justiça

ORGANIZAÇÃO

De acordo com o Delegado responsável pelo caso, Domiciano Ferreira Monteiro de Castro Neto, trata-se de um grupo extremamente organizado. “O grupo é profissional e perigoso. Eles conseguiam ludibriar os pesados sistemas de bloqueios, vigilância, alarmes e segurança armada existentes. A organização criminosa conta com diversos núcleos de atuação, um deles formado por funcionários das empresas vitimas do esquema. Desses funcionários, cinco que ficavam incumbidos de repassar informações privilegiadas aos demais membros do grupo, foram presos”, explicou.

Os suspeitos deverão responder pelos crimes de furto qualificado e organização criminosa. Também será apurado o crime de lavagem de dinheiro

RECEPTADORES

A Polícia Civil conseguiu identificar, ainda, o núcleo de receptadores e donos de joalherias que faziam a compra do ouro e ainda repassavam mercúrio e outras substâncias para os demais criminosos utilizarem no processo de apuração mineral. Outra parte da organização era responsável pelo domínio do tráfico de drogas e armas de fogo no distrito de Barra Feliz, em Santa Bárbara (MG).

Além de todos estes crimes, o Delegado Domiciano Monteiro explicou que o grupo ainda é investigado por cometer o crime de lavagem de dinheiro. “Eram realizadas transações financeiras com frequência, especialmente a partir dos receptadores no momento em que recebiam o ouro produto do crime. Vários membros da organização criminosa se preocupavam com grandes investimentos em imóveis e veículos, pois assim poderiam chamar a atenção de outras pessoas” finalizou.

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