Policia

Operação investiga e prende grupo que usa rede social para intimidar

(Crédito: Polícia Civil)

IPATINGA – A Polícia Civil continua investigando as páginas da internet dos membros de gangues rivais dos bairros Planaltos e Veneza II, que combinam através do Facebook a prática de crimes e ostentam armas e drogas em fotos divulgadas em seus perfis pessoais.

O delegado Gilmaro Alves apresentou nessa quinta-feira (30), fotos de envolvidos que foram presos na operação TNT, realizada no dia 16 deste mês, com armas de fogo, drogas e colete à prova de bala.

Segundo as investigações, a polícia estava pesquisando o bando chefiado por Abraão Carlos dos Santos e Jeferson da Costa. A dupla, segundo a polícia, comanda uma gangue do bairro Veneza, e teria provocado homicídios e tentativas de homicídios em Ipatinga.

REDE SOCIAL
O bando utilizava a rede social com fins de intimidação e para demonstração de força ao grupo rival. Nas páginas que são de domínio público, integrantes do bando se fotogravam utilizando armas de fogo. Há inclusive a postagem de uma foto que, segundo consta, seria de um dos integrantes utilizando um colete à prova de balas. Em outros momentos faziam apologias aos crimes.

“A maioria dos presos apresentados hoje têm fotos nas páginas pessoais da internet com armas nas mãos, usando droga ou apenas mostrando os entorpecentes. São fotos utilizadas para intimidar as pessoas e também os seus rivais. No Facebook deles tem recados ameaçando várias pessoas de morte. Eles usam essas fotos para intimidar possíveis pessoas que possam vir a denunciá-los à polícia”, explica.

Gilmaro conta também que outras pessoas estão sendo investigadas como suspeitas de fazerem parte da quadrilha. “Estamos monitorando até mesmo indivíduos que estão presos e que de dentro da penitenciária estão postando fotos no Facebook usando drogas e com armas”, relata.

OPERAÇÃO
Sete pessoas foram presas e 10 kg de maconha foram apreendidos durante a Operação TNT, realizada em conjunto pelas polícias civil e militar. Os detidos foram apresentados no dia 16 de outubro, na sede da delegacia de Ipatinga. Segundo informações da delegada regional Irene Angélica Franco, a ação tinha como objetivo combater os grupos criminosos que atuam nos bairros Veneza e Planalto.

Segundo o delegado Gilmaro Alves foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e sete de prisões temporárias, sendo que seis pessoas foram presas por força de mandado e uma em flagrante. Os acusados podem responder pelos crimes de associação para o tráfico (formação de quadrilha), tráfico de entorpecentes, apologia ao crime, formação de quadrilha e corrupção de menores.

Segundo o delegado Gilmaro Alves, as investigações contaram com a troca de informações entre o serviço de inteligência da Polícia Militar, os policiais civis e as denúncias da comunidade. Estavam empenhados na ação cerca de 110 policiais, sendo 80 militares e 33 civis.

O delegado conta que as investigações começaram no mês de fevereiro, e que além de realizar diligências nos locais e fazer o monitoramento, eles também acompanharam as páginas pessoais das redes sociais dos envolvidos.
Gilmaro conta que a droga apreendida na operação foi encontrada nos fundos da casa do Jéferson da Costa de Oliveira, conhecido como Binho, que para polícia é um dos líderes do tráfico de drogas no Planalto.

PRESOS

Foram encaminhados ao Ceresp Jéferson da Costa de Oliveira, conhecido como Binho, Marcelo Adriano da Silva, Tiago Brás de Aquino, Roque Hudson Silva, Ariane Cristina da Silva e Rafaela Oliveira, todos presos por força de mandado de prisão. Já um homem de 54 anos, que não teve o nome divulgado pela polícia, também foi preso em flagrante durante a operação, com munição de uso restrito.

O delegado ainda informou que a operação continua e que outras pessoas estão sendo investigadas. Uma pessoa que teve o mandado de prisão expedido não foi encontrada pela polícia.


Festa da gangue no Planalto, segundo investigações da polícia


Roque Hudson foi preso e levado para o Ceresp na operação
TNT, realizada em meados de outubro


Abraão Carlos, na foto com colete à prova de balas, é apontado
pela PC como chefe da gangue

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