Cidades

Obras causam transtorno no Caravelas

A situação na rua Campo Grande, no bairro Caravelas, está causando transtornos aos moradores   (Créditos: Mariana Goulart)

 

IPATINGA – A ampliação da rede de telefonia realizada pela empresa Telemont nas ruas do bairro Caravelas tem causado transtornos aos moradores. A forte chuva da noite de segunda-feira (16) provocou estragos na rua Campo Grande. Bastou poucas horas de chuva para que o local ficasse tomado por barro. E o problema se agravou devido à ampliação da rede telefônica. A situação já havia sido divulgada pela reportagem do “Diário Popular” há um mês. A empresa abriu buracos nas laterais da rua e há mais de 60 dias os moradores têm solicitado o fechamento das fendas. Mas, o que a população mais temia acabou acontecendo. “Em alguns trechos do bairro, a situação está calamitosa e isso tem criado grandes problemas para os moradores. As ruas estão danificadas e os carros estão deslizando porque as pedras estão soltas. A empresa abriu os buracos, mas não fechou. E com a chuva de segunda-feira a situação ficou pior”, declarou a vice-presidente da Associação de Moradores do Bairro Caravelas, Maria Nazaré Pedra Freitas.
O barro invadiu a casa de Márcia Souza. Ela mora com a mãe Glória Souza, que tem problemas de saúde e vive acamada. “A minha casa encheu muito de barro e quase entrou até na cozinha. Meu filho teve que ir lá fora na chuva e tirar o barro pra impedir que entrasse em casa. Minha mãe vive na cama. É difícil socorrê-la, por isso ficamos muito preocupados com a grande quantidade de barro que invadiu a casa”, contou a moradora.

PROBLEMA
Segundo Maria Nazaré, a Prefeitura Municipal de Ipatinga foi procurada pela Associação de Moradores, mas nenhuma ação foi realizada. “Já estive na Prefeitura para pedir ajuda e conversei com secretário de Obras. Ele se comprometeu a resolver o problema, mas nada foi feito. Ninguém veio tapar esses buracos. Parece que as sobras de asfaltos de outros lugares eles trazem pra cá. O nosso bairro tem ficado esquecido”, lamentou a vice-presidente da Associação de Moradores.
Alexsandra Gonçalves Medeiros é moradora da rua Campo Grande e já presenciou pessoas se acidentando no local. “Estamos sofrendo muito com essa quebradeira, que já dura dois meses. Já vi acidente de pessoas que escorregam na rua por causa do barro. Motoqueiros já caíram, e com essa chuva, a rua ficou intransitável. A esquina ficou cheia de pedras e um senhor caiu. Nós tivemos que tirar as pedras da rua para evitar maiores problemas”, relatou Alexsandra.

AGRAVANTE
A comunidade teme que o problema se agrave com mais chuvas. “Buscamos a Prefeitura para que essa situação seja corrigida. Na rua Campo Grande o asfalto foi feito com muita dificuldade, há uns 15 anos. Hoje o que temos visto é que além de não fazer melhorias, a administração tem permitido que estraguem o que foi feito. Não posso nem calcular os danos que podem acontecer se as chuvas persistirem”, afirmou Maria Nazaré.
Márcia Souza considerou uma lástima a situação da rua. “Tem muito tempo que esses buracos estão aqui. A situação está precária e se a chuva aumentar, o barro vai invadir minha casa, porque eles não fizeram nada pra mudar isso. E é só Deus mesmo que olha pela gente, porque não podemos contar com mais ninguém”, concluiu a dona de casa Márcia Souza.

RESPOSTA

Em nota, a Prefeitura Municipal de Ipatinga informou por meio da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semop), que a correção asfáltica na rua Campo Grande, no bairro Caravelas, ainda não ocorreu por causa da prestação incompleta de serviço da Telemont Engenharia e Telecomunicações. A empresa deve aterrar as valas abertas e compactar o material para que a PMI possa então providenciar a cobertura final com massa asfáltica. “Sem a compactação do material das valas, não é possível cobri-las com massa asfáltica, motivo pelo qual algumas áreas, como a da rua Campo Grande, ainda não tiveram o serviço finalizado”, explicou o secretário Rodrigo Sad.
Ainda segundo Sad, a Telemont já foi advertida. “Temos cobrado a execução completa do serviço para que a recomposição do asfalto no bairro Caravelas seja concluída o mais rápido possível”, finalizou o secretário.
Nenhum responsável pela empresa Telemont foi encontrado para prestar esclarecimentos.


Alexsandra Gonçalves: “já vi acidente de pessoas
que escorregam na rua por causa do barro”

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