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Novo presidente, Bolsonaro tem a tarefa de pacificar o País

(*) Fernando Benedito Jr.

 

O capitão da reserva Jair Messias Bolsonaro (PSL) é o novo presidente do Brasil, eleito com 55,34% dos votos. Entre suas missões mais imediatas está a de pacificar o País, após uma campanha acirrada, marcada pela violência, que atingiu o próprio então candidato, vítima de uma facada durante ato em Juiz de Fora. Seu adversário Fernando Haddad obteve 44,71% dos votos, com 98,89% das urnas apuradas.

A eleição revela um resultado que deixou o País dividido. Haddad obteve uma votação esmagadora nos estados do Nordeste, enquanto Jair Bolsonaro obteve votação maciça no Sudeste, Centro-Oeste e alguns estados do Norte. Além da divisão política, a eleição também deixa o país dividido regionalmente.

O novo presidente, ao contrário dos discursos e bravatas que buscam acentuar ainda mais a divisão, terá que moderar seu posicionamento se quiser ter governabilidade. Além de fazer a maior bancada, o PT conseguiu se eleger em 4 estados e eleger aliados em outros 5. E ao contrário do que vem pregando em seus discursos inflamados, “metralhar a petralhada” – se isso inclui o eleitorado petista – significa eliminar pelo menos 46 milhões de pessoas, o que não é pouca coisa. É um contingente que também não cabe no exílio venezuelano. Então, não sobram muitas alternativas senão “baixar a bola” e tentar fazer o melhor possível, governando para todos os brasileiros, seguindo a lógica do “meu partido é o Brasil”.

Por outro lado, o novo presidente tem uma gigantesca tarefa pela frente. Equilibrar as contas públicas, estabilizar a economia, promover o desenvolvimento e a geração de empregos, ao mesmo tempo em que tenta implementar um programa de governo polêmico e radical. Não será papel dos mais fáceis.

Em Bolsonaro foram depositadas as esperanças não só de um País sem o PT e sem corrupção, mas de um País mais seguro, com mais armas, mais poder às polícias, mais emprego e renda e muitas mudanças – coisas bem diferentes daquilo que os brasileiros estão acostumados a ver e que a maioria já não queria mais continuar vendo.

 

(*) Fernando Benedito Jr. é editor do Diário Popular.

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