Cidades

Novas perspectivas para moradores de rua

FABRICIANO – “Eu não sabia que tinha direitos, mas agora quero conhecê-los e que sejam respeitados”, destacou o morador de rua Marcelo Silva Pinto, 33 anos, durante o I Seminário Regional “População em Situação de Rua e o Acesso aos Direitos”, realizado pelas prefeituras de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, nesta sexta-feira (14/11), no Teatro João Paulo II – Unileste. “Quero uma vida melhor, ter um teto e a certeza de que tenho onde dormir e o que comer”, completou.

Marcelo está entre os 15 usuários dos serviços de atendimento à população em situação de rua ofertados em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo que participaram do evento. “Para uma política pública ser eficiente, deve ser implementada e feita com a participação dos usuários”, frisou o secretário de Assistência Social de Ipatinga, Vasco Lagares.

O seminário também reuniu equipes técnicas das áreas de Assistência Social, Saúde e Educação da região do Vale do Aço, representantes da Polícia Militar e do Ministério Público de Minas Gerais. “A diversidade do público participante deste evento mostra que a abordagem social das equipes de trabalho dos municípios tem sido eficaz. A atuação em rede e o envolvimento dos diversos setores vão fortalecer o nosso trabalho”, destacou o vice-prefeito de Ipatinga, Alfredo Ramalho.

POLÍTICAS PÚBLICAS
Sob a temática “A política nacional da pessoa em situação de rua”, o coordenador-geral dos Direitos da População em Situação de Rua da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, Carlos Ricardo, enfatizou que a implementação das políticas públicas depende da articulação entre município, estado e união.

“As ações voltadas para a população de rua precisam ser intersetoriais, em sua essência. Elas só funcionam se tiver a integração de outras importantes políticas, como educação, saúde, trabalho e emprego, habitação, também cultura e esporte. Nesse conjunto, possibilitamos a construção da autonomia da pessoa em situação de rua, para que ela possa acessar os seus direitos e sair das ruas. A gestão dos municípios na articulação entre todos os órgãos e comitês vai impulsionar a implementação dessas políticas”, complementou Carlos Ricardo.

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