Cultura

Nós na Tela democratiza a produção audiovisual

IPATINGA – Hoje (26), tem início no Pitágoras Unidade Centro, a terceira edição do Nós na Tela. O projeto consiste na realização de oficinas de cinema, com o objetivo de democratizar o acesso à produção local audiovisual e formar técnicos na linguagem do cinema em Ipatinga

“Nosso propósito é iniciar os participantes no universo audiovisual e fomentar a produção”, conta o documentarista e historiador, Sávio Tarso, mentor e realizador do Nós na Tela. Segundo explica, “além de teoria, os alunos aprendem sobre cada etapa da produção, desde o roteiro, direção e montagem, por meio da prática, realizando pequenos filmes em vídeo”.

Nos dias 2, 15 e 23 de novembro, as oficinas serão ministradas em escolas municipais, uma forma de difundir o projeto em vários pontos da cidade. “Pensamos muito no estímulo da criação de filmes como forma de mudar a vida das comunidades. Então sentimos a necessidade desse deslocamento das ações, facilitando sua proximidade com a sétima arte”, comenta Sávio que, na segunda edição do Nós na tela, levou às escolas municipais o “Trem do Vale”, “Casamento Negro”, “Duplicidade”, “Estrada das Lavadeiras”, “Frango com Quiabo” e “Monarquia Siderúrgica”, obras que integram sua filmografia.

DOCUMENTÁRIO E FICÇÃO

Sávio explica que o Nós na Tela estimula tanto o cinema ficcional, quanto o documental que, por sua vez estimula o exercício da pesquisa, provocando o encantamento pela história das pessoas, sempre cheias de surpresas. “O cinema pode incluir as pessoas, não só quem assiste a uma filme, mas quem conta essas histórias, está ligado à criação da obra. Questões sociais, por exemplo, acabam sensibilizando quem se envolve com elas, durante o processo de produção de um filme, o contato com as comunidades, o que é sempre positivo”, diz.

O fotógrafo, vídeo-artista e documentarista, Nilmar Lage, que ministrará as oficinas, comenta que por meio do Nós na Tela, grandes ideias ganham força. “Os alunos são tomados pelo gosto pelas atividades e ficam felizes ao reconhecer que é possível retratar o mundo em que vivem, e não simplesmente assistir ao que os filmes mostram nos cinemas, na TV. Aprendem formas de driblar a falta de recursos, com criatividade, dedicação a pesquisas. Como resultado, a gente tem produções com qualidade de conteúdo e o registro de parte do universo em que vivem nossos iniciantes do cinema, do que elegem para ser mostrado, a forma como querem apresentar suas questões.”

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