DA REDAÇÃO – A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a tragédia que vitimou seis pessoas num acidente de trânsito em Belo Oriente. O motorista que estava ao volante é o ex-secretário de Obras da cidade Newton Paiva da Silva, de 55 anos. Além das seis pessoas mortas outras seis ficaram feridas.
O acidente ocorreu no dia 16 de janeiro deste ano na Vila Gomes, localidade na LMG-758, estrada que liga Belo Oriente a Açucena. Newton estava em um Ford Fusion com mais algumas pessoas e ao tentar uma ultrapassagem, acabou perdendo o controle da direção e atingiu as pessoas que estavam sentadas em bancos de concreto à beira da estrada.
VÍTIMAS
Dentre as 12 vítimas, seis delas morreram no local. Eni Aparecida de Assis, de 46 anos, Maria Gomes Roque, de 67 anos, Irani Simões Bittencourt, de 39 anos, Ana Letícia Simões Ferreira, de 16 anos, Ronaldo Ferreira, de 33 anos, e Maria Piedade Assis, de 65 anos.
As outras vítimas, incluindo quatro que estavam no veículo, foram socorridas e encaminhadas a unidades de saúde de Ipatinga. Dois irmãos, que estavam na Vila Gomes, também foram atropelados. Eles também foram socorridos.
Na data do crime, Newton fugiu do local. Dentro de seu veículo, a polícia localizou munição calibre 38, porém nenhuma arma foi apreendida.
O delegado Thiago Alves, responsável pelo caso, explicou que um homem que passava pelo local do acidente levou o condutor a uma unidade de saúde. A princípio, a polícia acreditava que o indivíduo teria dado fuga a Newton, mas ao concluir as investigações, a polícia descartou a hipótese.
EMBRIAGUEZ
Nesta quarta-feira, completam 54 dias do acidente. O delegado informou que Newton continua foragido e não chegou a se apresentar à polícia. O condutor foi indiciado por homicídio culposo, lesão corporal culposa, embriaguez ao volante e porte ilegal de munição. A somatória das penas pode gerar até 20 anos de prisão ao ex-secretário.
Thiago Alves também informou que 23 pessoas foram ouvidas durante a fase de investigações da Polícia Civil, incluindo as vítimas que sobreviveram à tragédia, e as testemunhas. Durante depoimentos, algumas pessoas que estavam dentro do carro com Newton relataram à PC que ele estava trafegando a cerca de R$ 150 km/h, velocidade superior a permitida pela rodovia, que tem o limite de 80 km/h. Porém, no local em que ocorreu o acidente, próximo a uma curva, a velocidade permitida é de 40 km/h.
FUGA
Sobre a munição encontrada no veículo, o delegado informou que o condutor possuía porte de arma, porém, apenas dentro de casa. A munição, no caso, só poderia estar dentro do veículo desde que acompanhasse uma nota fiscal e estivesse embalada.
A PC informou que recebeu informações de que o condutor poderia estar fora do país, porém, o delegado acredita que Newton permanece no Brasil. O delegado explicou que a Polícia Federal já tem informações sobre o procurado e barraria qualquer tentativa de fuga para o exterior.
O inquérito foi concluído na semana passada e remetido ao Fórum de Açucena, onde aguarda avaliação do Ministério Público, representado pela promotora de Justiça, Renata Serqueira.
