Policia

Morte de aposentado pode estar ligada a vingança ou a dinheiro

Delegado não acredita que ninguém tenha ouvido nada no dia do crime     (Crédito: Gizelle Ferreira)

FABRICIANO – A Polícia Civil de Coronel Fabriciano já tem duas hipóteses para o assassinato do aposentado José Carlos Theodoro, de 62 anos. O corpo da vítima foi encontrado com sinais de estrangulamento no último dia 24, em um beco ao lado de um bar na avenida Tancredo Neves, no bairro Caladinho. José Carlos também residia no local. Uma bucha de palha de aço foi encontrada dentro da boca da vítima.
Uma das linhas de investigação levantadas pela PC é que o autor do homicídio provavelmente queria roubar a vítima, que recentemente teria ganhado um prêmio lotérico no valor de R$ 32 mil. Outra tese da polícia reforçada pela esponja encontrada na boca da vítima é que José Theodoro pode ter sido morto por vingança. “A vítima já foi testemunha em um roubo ocorrido no Unileste, há um tempo. Mas também estamos trabalhando com a hipótese de alguém querer roubar o dinheiro que ele ganhou em um prêmio”, disse o delegado Amaury Tomaz.

SILÊNCIO
O local onde José Theodoro foi encontrado morto é muito movimentado. Na frente, existe um bar. No beco, ao lado do estabelecimento, há várias residências, uma delas da própria vítima. José Theodoro ainda possuía um pequeno comércio nos fundos, onde sempre reunia amigos para tomar cerveja. Atrás de sua casa existe uma rua sem saída, um local ermo, que atrai usuários de drogas.
Segundo a polícia, José Theodoro sempre denunciava a situação temida pelos moradores, obrigados a conviver com o tráfico de drogas, quando então teria “comprado” uma briga com vários indivíduos – o que configura outra possibilidade de investigação. “A esponja de aço pode ser porque ele delatou alguém”, afirma.
O corpo do homem foi achado por sua esposa. A vítima tinha uma redinha de borracha envolta no pescoço. Ela disse à polícia que na noite anterior à morte do marido, ele teria lhe pedido um copo de suco. Após atender à vontade de José Theodoro, a mulher afirmou que foi dormir e por isso não percebeu nenhum barulho estranho. O filho dele ainda tentou retirar a corda do pescoço, em vão.
O delegado não acredita na versão de que ninguém tenha visto ou ouvido alguma coisa no dia do crime, já que o corpo tinha sinais de que houve uma luta antes do assassinato. “As pessoas lá adotaram a lei do silêncio. Ninguém viu e ninguém ouviu ou sabe de nada, e a gente não acredita nisso. Quanto mais informações a polícia obtiver, mais rápido irá desvendar o caso”, finaliza Amaury Tomaz.

 


Vítima denunciava usuários de drogas à polícia
(Crédito: Reprodução)

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